A nova temporada de Segunda Chamada estreou nesta sexta (10) no Globoplay. A aclamada série se passa em uma escola pública na periferia de São Paulo e conta com Débora Bloch como protagonista.
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A atriz vive a professora Lúcia, que na primeira versão sofreu com a morte do filho, além do relacionamento conturbado com Jaci (Paulo Gorgulho).
Na nova versão, Lúcia volta sua atenção ao drama dos moradores de rua. A docente tenta atrai-los para a escola, para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em meio a esse objetivo, se envolve com o personagem de Ângelo Antônio.
Em uma videoconferência sobre a série, Débora contou detalhes do trabalho e criticou o modo em que o governo conduz a educação no país. Segundo ela, “a gente está sofrendo com a vitória da ignorância”.
O discurso da atriz é de pesar em meio a tantas decisões que estão prejudicando a educação, a cultura e a arte no Brasil. “Espero que a gente acabe essa guerra com cultura, amor e educação, e não com descaso pela vida e pelas pessoas. É muito grave o que está sendo feito com o ensino, com a educação, especialmente com o ensino público, com as universidades. É muito grave ter um ministro da educação que diz que a universidade é para poucos, que diz que os deficientes atrapalham, é muito grave”, relatou.
Débora destacou que há um projeto de desmonte para esses setores. “É um momento de escuridão, e há um desmonte, um projeto de desmonte da cultura e das artes, que é uma coisa muito séria. Quem estudou um pouco de história sabe que o primeiro sinal de regimes autoritários e fascistas é o desmonte de educação e dos aparelhos de cultura: isso destrói uma sociedade, acaba com qualquer projeto de civilização e de identidade nacional”, opinou.
As informações são do jornal Folha de São Paulo.