A vida de Walkíria (Juliana Carneiro da Cunha) não tem sido nada fácil em Selva de Pedra desde que, devido a seu grande ciúme do amante mais jovem, César (Roberto Bataglin), ela o matara. Interessado na filha dela, Flávia (Deborah Evelyn), de quem chegou a abusar sexualmente, César era pintor e Walkíria o tinha como seu “protegido”, por assim dizer. Jorge (Otávio Augusto), ex-marido de Walkíria e pai de Flávia, jamais gostou da ostensiva presença de César na casa das duas, quase adivinhando o que estava por vir. Cheia de problemas após anos de negligência da mãe em relação a ela, que negava o próprio envelhecimento e mantinha a filha numa posição de criança, Flávia acabou por assumir o crime. Diante da praticamente nula implicação jurídica do caso, uma vez que é menor, ela poderia assim livrar a mãe das consequências de um ato extremo.
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Guido (André di Mauro), irmão de César, se aproximou da família a fim de investigar as circunstâncias do crime. Não foi difícil para ele desconfiar de Walkíria como autora. Todavia, Flávia ser a suposta assassina afastou durante algum tempo os dois jovens, que se apaixonaram. Pois bem, todo o tormento motivado pelas atitudes de Walkíria, especialmente na vida de Flávia, chegará em breve ao fim. Ela morrerá, depois de passar algum tempo internada num hospital, e antes da morte terá um delírio no qual vislumbrará seu julgamento. A maior ironia é que a morte de Walkíria ocorre num momento em que eventualmente uma nova chance para sua união com Jorge começava a se desenhar. Ademais, agora Flávia e Guido poderão ser felizes sem empecilhos.
Selva de Pedra é uma novela de Janete Clair, adaptada por Regina Braga e Eloy Araújo. A direção é de Dennis Carvalho, José Carlos Pieri, Ricardo Waddington e Walter Avancini. A novela foi produzida em 1986 pela Globo, que na ocasião a exibiu entre 24 de fevereiro e 22 de agosto. O Canal Viva atualmente a reprisa pela primeira vez em 33 anos.