
Ex-homem forte da Globo, negociando direitos de futebol até 2015, Marcelo Campos Pinto teria recebido cerca de US$ 1 milhão de propina da empresa Torneos y Competencias (TyC), que negociava direitos de futebol da Conmebol, como a Libertadores e a Copa América.
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Nas várias planilhas apresentadas pelos advogados do ex-presidente da CBF, José Maria Marim, o tal pagamento apareceu. Ele apareceu logo após um pagamento feito pela Globo, de US$ 10 milhões referente à um contrato de transmissão.
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Ele seria repassado pelo executivo Eladio Rodriguez, da TyC. Mas o próprio afirmou que nunca sequer teve relação com Marcelo, e que apenas cumpriu ordens. Marcelo era o homem forte da Globo em relação aos esportes, mas saiu em novembro de 2015, numa reestruturação da casa.
Além disso, Eladio disse que pagou US$ 4,8 milhões para Marin, e o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em troca de benefícios para contratos como a Copa América e a Libertadores.
Sobre o pagamento para Pinto, a Globo disse, em nota, que jamais teve conhecimento disto e que, se ele ocorreu, foi de forma pessoal. O canal reafirmou novamente que não paga qualquer tipo de propina.
Veja o comunicado:
“Sobre a afirmação de uma testemunha no julgamento que acontece em Nova Iorque de que o ex-diretor do Grupo Globo, Marcelo de Campos Pinto, recebeu em 2013 pagamento de uma empresa do Grupo Torneos y Competencias, que atua na área de marketing esportivo, o Grupo Globo esclarece que nunca teve conhecimento de tal pagamento. Caso tal pagamento tenha ocorrido, foi, evidentemente, contrário aos interesses da empresa. O Grupo Globo reafirma que não tolera nem paga propina.