Ativista

Débora Falabella fala da importância de Aruanas

A atriz celebra a exibição da série na TV aberta

Publicado em 18/05/2020

Aruanas está repetindo na tela da Globo a boa repercussão alcançada na ocasião de seu lançamento no Globoplay. Tanto que, na semana passada, a série ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais, o que mostra a força da discussão sobre o meio ambiente proposta pela produção.

Nesta terça-feira (19), a emissora exibe o quarto episódio da série, no qual a jornalista Natalie (Débora Falabella) faz uma matéria sobre a devastação da floresta e ativistas usam imagens para denunciar na cidade. Na manifestação, Clara (Thainá Duarte) é presa.

Natalie é uma das fundadoras da ONG Aruana. Ela usa a sua profissão de jornalista e o espaço que conquistou para realizar denúncias de crimes ambientais na Amazônia. Na entrevista abaixo, Débora comenta sobre a sua personagem, os momentos marcantes da gravação e a importância da série em nosso contexto atual.

Quem é a Natalie?

A Natalie pra mim é uma mulher forte, que tem uma paixão: o trabalho com a ONG e a questão ambiental que ela defende desde pequena. Além de ser uma das fundadoras dessa ONG, ela pode divulgar essas questões ambientais por ser jornalista também. Ela é uma mulher como todas as outras, que tem múltiplas facetas. Ela é super forte no trabalho, mas tem uma questão pessoal que traz uma fragilidade pra personagem que eu acho lindo. Todos as personagens da trama acabam percorrendo esse caminho, entre a vida pessoal e a profissional.

Como você enxerga a relação da Natalie com a Verônica?

É tão bonito para a gente falar de heroínas que erram, que são tão próximas da vida, que se sentem julgadas e ao mesmo tempo perdoam. Eu acho a personagem da Taís Araújo muito linda. Porque a Verônica não consegue não se abrir completamente para a relação com o marido da Natalie, o Amir (Rômulo Braga). Mas ela sofre muito com isso, porque ela é humana, e tenta, dentro daquela situação, ser o mais ética possível.

Qual foi a importância de ter começado as gravações na Amazônia?

Foi muito intenso e imprescindível para a construção de nossas personagens e da narrativa que queríamos contar. Eu lembro que a primeira cena que eu fiz foi a de um massacre indígena. Foi a primeira cena que gravei em Manaus. Estava muito quente, e gravamos em aldeia indígena real, com figurantes e atores indígenas reais. Era uma situação difícil de se ver, porque eles estavam ali maquiados, com sangue. Foi muito impactante e mexeu muito com a minha cabeça ver pessoas que passam por aquilo de verdade vivendo aquela cena. Foi muito forte. A Amazônia acho que foi essencial para a gente. Eu já tinha ido uma vez para lá antes e, depois da série, voltei mais uma vez e fiz uma viagem de rio imersa naquele mundo. Espero que faça parte sempre da minha vida.

Como era a sua relação com as questões ambientais antes de Aruanas e o que mudou depois de fazer a série?

Eu já era uma pessoa consciente, que se preocupava com o meu lixo e com reciclagem, por exemplo. Sempre fui consciente desse assunto. Mas aprendi muitas coisas em Aruanas, de uma maneira mais aprofundada. Tem trabalhos que são de aprendizado para o ator, que levamos para a vida, porque nós acabamos ficando muito mais envolvidos nessas questões do que antes. Eu não consigo mais me desvincular dessas questões.

Com é a importância de Aruanas nesse momento em que vivemos?

Acredito que esse é um momento que temos que dar uma pausa para olhar coisas que são mais importantes do que essa corrida desenfreada que estávamos vivendo. É um momento bonito para se falar de meio ambiente. Eu estava ansiosa, querendo que a série fosse logo para a TV aberta. Acredito que seja uma escolha feliz da Globo exibi-la nesse momento.

Escrito por Estela Renner e Marcos Nisti, o thriller ambiental vai ao ar todas as terças-feiras, logo após a novela Fina Estampa. A série – uma produção original da Globo exclusiva para o Globoplay, em coprodução com a Maria Farinha Filmes – conta com direção artística de Carlos Manga Jr, direção geral de Estela Renner, parceria técnica do Greenpeace e Pedro de Barros colabora com o roteiro.

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