Programação

De volta com o Se Joga, Érico Brás prepara livro sobre racismo e repressão policial

Ele explica a importância de ser um comunicador negro

Publicado em 21/02/2021

Sob o comando de Fernanda Gentil, o programa Se Joga, da Globo, volta ao ar neste sábado (27), depois de quase um ano fora da programação. O programa deixou de ser exibido por causa da pandemia do novo coronavírus, que assolou o país em uma profunda crise sanitária.

A atração era diária, exibida nas tardes da emissora carioca. Apesar de não ser um fracasso retumbante, o programa encontrou dificuldades para se tornar uma referência e, comumemente, pedia para o quadro Hora da Venenosa, em São Paulo.

Ser vice na capital paulista, o principal mercado publicitário não é uma posição confortável para a rede mais poderosa do país. Agora, reformulada, a atração volta mais parecida com o extinto Vídeo Show.

Então, apresentador Érico Brás, agora, passa a ser repórter e falou sobre, segundo o site RD1, do Terra: “Mesmo ainda em tempos de pandemia, é muito bom voltar ao ar, ficar em frente às câmeras novamente, sentir a energia dos colegas… Fazer o telespectador se divertir no sábado será prazeroso demais”.

Érico Brás
Érico Brás (Divulgação/Globo)

O artista ainda falou sobre seu livro que aborda o racismo e a repressão policial. “Vou falar sobre a minha trajetória e, principalmente, a relação que eu tenho com o sistema policial no país. (…) Um policial me parou e perguntou: ‘Você é o que?’. E respondi que era artista. Ele falou bem assim: ‘Tá de sacanagem com a minha cara?’. Foi desse jeito que quase fui preso”, concluiu.

Por fim, ele falou sobre seu caminho duro. “Todo artista é um comunicador, emissário de mensagens, e eu sabia que não era um emissor qualquer. Eu era um artista negro. Isso me fez entender uma coisa muito grande e depois transformar em um livro. Mas foi difícil assim como é para qualquer jovem negro que quer ser artista”.



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