Danilo Gentili, que voltou ao ar com a terceira temporada do The Noite no SBT nesta semana, concedeu uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
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Ele falou que procura não alterar o formato do programa “porque se você muda muito, deixa de ser o programa que a pessoa está acostumada a assistir”. “Não existe curso de talk show, o que minha experiencia me mostra é que nada substitui a autenticidade. É mais importante que pesquisar a vida da pessoa. Claro que me informo sobre o entrevistado, mas não tenho que fingir que sei tudo, ele percebe que você está sendo ‘fake’ (falso). O programa tem que ser divertido. As pessoas já viram os jornais, estão irritadas. Preciso ser a sobremesa”, contou.
O humorista comentou sobre os novos concorrentes, Fábio Porchat e Marcelo Adnet: “Estamos chegando a um cenário parecido ao dos EUA, onde cada emissora tem seu late show. Com a saída do Jô, abriu-se uma grade. Pelos programas e comediantes, acho que podemos ter o mesmo nível dos EUA. Talvez o problema seja o cenário, os entrevistados, conseguir celebridades para ir a todos os programas”.
Gentili avaliou que vai ser bacana caso Porchat responda as piadas que ele fizer porque “tem que surgir esse diálogo entre as emissoras” e respondeu as críticas que dizem que ele bate nas minorias: “Humor tem que falar do que for, do rico, do pobre. O que acontece é que existe uma minoria patrulheira de pessoas, que vão se transvestir de opinião pública… As pessoas estão assistindo, rindo. Pergunta-se muito qual o limite do humor, mas ninguém pergunta qual o do mau humor. Quem se sente mal com uma piada deve ter um problema maior”.