Conflitos temporais, humor e realismo conduzem O Tempo Não Para, nova novela das 19h

Publicado em 28/05/2018

Mais de um século alheios às revoluções sociais, inovações tecnológicas e conquistas científicas. Mais de dez décadas sem sequer ter ouvido falar das guerras mundiais, da chegada do homem à lua, da construção de aviões, do surgimento da internet ou da invenção da penicilina. São anos de avanços e descobertas que moldaram costumes, hábitos e linguagens da sociedade contemporânea e que vão gerar um choque imensurável em uma abastada família do século XIX que desperta no século XXI. Por 132 anos, os Sabino Machado e seus agregados ficaram congelados, dentro de um bloco de gelo, enquanto a vida lá fora passava. Agora, vão despertar em uma São Paulo pulsante e turbulenta e se deparar com a sociedade em pleno 2018.

Estamos em 1886 e a família Sabino Machado, moradora de São Paulo e detentora de extensas terras para exploração de ouro e minério e investimentos em telefonia, embarca em um dos mais seguros navios da época, o Albatroz, a caminho da Europa. Dom Sabino (Edson Celulari), um fiel súdito da monarquia que sonha com um título da nobreza, planeja a viagem para conhecer o estaleiro que comprou na Inglaterra. E também manter longe do falatório da cidade a filha, Marocas (Juliana Paiva), que havia acabado de recusar um casamento no altar. A viagem tem um desvio de rota para uma breve visita à Patagônia. É justamente aí que o Albatroz se choca com um iceberg.

Leia também: Power Couple: Casais se desafiam para testar força, equilíbrio e fôlego de maridos e esposas

O navio naufraga e devido à baixa temperatura da água grande parte dos passageiros acaba congelando. No total, são treze pessoas: a família Sabino Machado, composta por Dom Sabino (Edson Celulari), Dona Agustina (Rosi Campos), Marocas (Juliana Paiva) e as gêmeas Nico (Raphaela Alvitos) e Kiki (Nathalia Rodrigues), além dos escravos Damásia (Aline Dias), Cairu (Cris Vianna), Cesária (Olivia Araujo), Menelau (David Junior) e Cecílio (Maicon Rodrigues), o guarda-livros Teófilo (Kiko Mascarenhas), a preceptora Miss Celine (Maria Eduarda de Carvalho) e o jovem Bento (Bruno Montaleone), além do cão fox terrier Pirata.

Um imenso bloco de gelo se aproxima da praia de Santos, em São Paulo, 132 anos depois. Samuca (Nicolas Prattes), empresário engajado em causas sociais, humanista e dono da holding SamVita e da Fundação Vita, focada em reciclagem, está surfando e é o primeiro a avistar aquele monumento. O filho de Carmen (Christiane Torloni) e noivo de Betina (Cleo Pires) fica intrigado com o imenso bloco, perplexo e fascinado ainda mais pelo rosto sereno e belo de Marocas, emoldurado pelo gelo translúcido. Uma fissura ameaça partir o bloco e Samuca, no ímpeto de salvar Marocas, se agarra ao pedaço do iceberg em que ela está. Eles são puxados pela corrente e chegam à fictícia Ilha Vermelha.

Leia também:  Segundo Sol: Cacau fica chocada ao rever Roberval

Já os demais congelados são levados para a Criotec, laboratório especializado em criogenia, que é o estudo de baixas temperaturas. A chegada do iceberg se torna caso de segurança de estado e gera curiosidade e comoção nacional. Aos poucos, cada um dos congelados despertará à sua maneira e terá que enfrentar a realidade contemporânea e as particularidades das relações humanas no século XXI.

“Apesar da premissa das pessoas congeladas e da família deslocada no tempo, a novela é realista e engraçada, acima de tudo. É uma obra contemporânea que trata de assuntos superatuais, além de confrontar os valores e as relações humanas vigentes em séculos diferentes. Tudo isso permeado por uma história de amor muito intensa e capaz de romper barreiras entre dois jovens de épocas distintas”, conceitua Mario Teixeira. “É um grande desafio e, ao mesmo tempo, muito divertido dar vida a essa novela. A história terá diversas situações que mostram o choque entre pessoas de séculos distintos. E, para dar verdade a isso, estamos contando inclusive com uma preparação de elenco separada para os núcleos ‘congelados’ e ‘contemporâneos’ para que essa surpresa seja original e perceptível ao público”, complementa Leonardo Nogueira.

As gravações da novela já começaram e parte das sequências que vai retratar o século XIX, que será mostrado apenas no primeiro capítulo, contará com imagens gravadas em Mangaratiba e Sapucaia, municípios do Rio de Janeiro, e nos Estúdios Globo. Além disso, as primeiras cenas já ambientadas no século XXI também foram rodadas nos litorais do Rio de Janeiro e de São Paulo e ainda vão percorrer as ruas da capital paulista.

O Tempo Não Para, próxima novela das sete, escrita por Mario Teixeira e com direção artística de Leonardo Nogueira, tem previsão de estreia para o segundo semestre. A obra conta com colaboração de Bíbi Da Pieve e Tarcísio Lara Puiati, e direção-geral de Marcelo Travesso e Adriano Melo.

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade