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Confira curiosidades de Brega & Chique, nova estreia do Globoplay

Marília Pêra protagonizou obra de Cassiano Gabus Mendes

Publicado em 23/10/2020

Sucesso na tela da Globo em 1987 – e também no Viva, onde foi reprisada recentemente -, a novela Brega & Chique chega mais uma vez ao alcance do grande público nesta segunda-feira (26), agora por meio da plataforma de streaming Globoplay.

A obra ficou marcada como um dos maiores sucessos da carreira do autor Cassiano Gabus Mendes, êxito absoluto ao longo de seus 173 capítulos.

O novelista Aguinaldo Silva (Divulgação / Globo)
O novelista Aguinaldo Silva Divulgação Globo

Queda de braço

A repercussão de Brega & Chique foi tamanha que a novela chegou a ofuscar a atração do horário nobre da Globo, O Outro – que, mesmo indo ao ar duas horas mais tarde, tinha índices de audiência inferiores à da comédia exibida às 19h.

Uma lição e tanto para o autor de O Outro, Aguinaldo Silva, que, pouco antes de Brega & Chique superar sua criação nos números do Ibope, gabou-se de que o “drama carioca” que escrevia era mais sintonizado que a “comédia paulista” de Gabus Mendes. Bem feito!

Rosemere (Glória Menezes) e Rafaela (Marília Pêra) em Brega & Chique
Rosemere Glória Menezes e Rafaela Marília Pêra em Brega Chique ReproduçãoCanal Viva

Egos em conflito

Marília Pêra não se cansa de dizer que a tresloucada Rafaela Alvaray é um de seus papéis favoritos em toda sua carreira na TV. Sabe-se, porém, que a atriz já teve seus dias de insatisfação enquanto gravava a novela, por uma razão, digamos, de ‘ego’.

Explica-se: nos créditos de abertura da trama, o nome de Glória Menezes aparecia com ligeira vantagem sobre o de Marília, que – conforme ela própria revelou ao programa Damas da TV, em 2013 – sentiu-se preterida e foi se queixar com a direção. Dali em diante, os nomes das duas estrelas da trama passaram a se alternar na tela.

Rafaela (Marília Pêra) em Brega & Chique
Rafaela Marília Pêra em Brega Chique ReproduçãoTV Globo

Tapete vermelho

Independente desse pequeno detalhe de bastidores, há que se reconhecer que a atuação de Marília foi, de fato, impecável nesta novela. Tanto é verdade que ela recebeu, da parte da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), o prêmio de melhor atriz de 1987 por seu desempenho como Rafaela.

Tal honraria seria repetida à estrela no Troféu Imprensa daquele ano, que também contemplou Brega & Chique como melhor novela.

Trecho da abertura de <em>Brega Chique<em> Reprodução YouTube

‘Nu com a mão no bolso…’

A abertura da novela, aliás, foi motivo de polêmica também por outra questão. Na noite da estreia, a vinheta foi encerrada por um nu traseiro ‘descarado’ do modelo Vinícius Manne, ao som da música Pelado, da banda Ultraje a Rigor.

Tamanha ousadia da produção não foi nada bem recebida pelos telespectadores, que lotaram de reclamações o setor de atendimento ao público da Globo. Preocupada, a emissora resolveu entrar em ação para corrigir a ‘falha’, ensaiando algumas versões censuradas da abertura.

Somente a partir do quinto capítulo a emissora – e também o Ministério da Justiça, que acompanhava o caso – consideraram por bem ‘desproblematizar’ a questão, liberando a exibição da vinheta original, sem qualquer restrição pudica.

Jorge Fernando dirigiu e atou em Chocolate cm Pimenta (Reprodução: TV Globo)
O diretor de novelas Jorge Fernando Reprodução TV Globo

Dupla dinâmica

Brega & Chique marcou também a primeira parceria de Jorge Fernando (1955-2019) com Cassiano Gabus Mendes. Parceiro fiel do autor Silvio de Abreu, em novelas como Guerra dos Sexos (1983) e Cambalacho (1986), o diretor abraçou com competência o desafio de se adaptar ao humor mais sutil de seu novo ‘sócio’.

A dinâmica entre os dois deu tão certo que seria repetida – com ainda mais êxito – no trabalho seguinte de Cassiano, a inesquecível Que Rei Sou Eu? (1989).

Com informações de Nilson Xavier, do portal Teledramaturgia.

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