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Confira curiosidades da novela Sonho Meu, substituta de Era Uma Vez… no canal Viva

Marcílio Moraes é o autor do folhetim

Publicado em 11/07/2021

Dando continuidade ao filão de produções com apelo infanto-juvenil em seu início de tarde, o canal Viva estreia nesta segunda-feira (12) a novela Sonho Meu, obra de Marcílio Moraes que foi sucesso na faixa das 18h da Globo em sua exibição original, de setembro de 1993 a maio de 1994.

A atração substitui Era Uma Vez…, que se encerrou nesta sexta (9). A seguir, você relembra conosco algumas curiosidades dos bastidores desta obra inesquecível.

O novelista Teixeira Filho ReproduçãoPortal Teledramaturgia

Dupla inspiração

Assim como várias das tramas produzidas pela Globo no começo dos anos 1990, Sonho Meu é um remake – não de uma, mas de duas novelas. A obra escrita por Marcílio Moraes funde as narrativas de A Pequena Órfã (TV Excelsior, 1968) e Ídolo de Pano (Tupi, 1974), ambas criações do saudoso Teixeira Filho (1922-1984).

A Pequena Órfã contava a história de Toquinho (Patrícia Ayres / Marize Ney), uma doce garotinha que sofre com a exploração da megera Elza (Riva Nimitz) e, após conseguir escapar de sua algoz, encontra carinho na companhia do Velho Gui (Dionísio Azevedo), um homem que conserta brinquedos. Na versão da Globo, Carolina Pavanelli (Laleska), Nívea Maria (Elisa) e Elias Gleizer (Tio Zé) reviveram os respectivos papéis.

Ídolo de Pano girava em torno da disputa entre dois irmãos, o bondoso Luciano (Tony Ramos) e o perverso Jean (Dennis Carvalho), pela fábrica de tecidos que pertence a avó de ambos, Pauline de Clermon (Carmem Silva), e também pelo amor de uma mesma mulher, a operária Andrea (Elaine Cristina).

Em Sonho Meu, tais personagens se viram recriados respectivamente pelos atores Leonardo Vieira (Lucas), Fábio Assunção (Jorge), Beatriz Segall (Paula) e Patrícia França (Cláudia).

Patrícia Ayres e Dionísio Azevedo em <strong>A Pequena Órfã<strong> ReproduçãoTV Excelsior

Lançando moda

Embora Ídolo de Pano tenha gozado de boa aceitação do público, não chegou nem perto do fenômeno que foi A Pequena Órfã a seu tempo.

O drama infantil fez tanto sucesso na Excelsior que acabou fazendo com que várias outras tramas produzidas por crianças fossem produzidas a partir de então nas mais diversas emissoras – Ricardinho: Sou Criança, Quero Viver (Band, 1968), Tilim (Record TV, 1971), Sozinho no Mundo (Tupi, 1968) e O Doce Mundo de Guida (Tupi, 1969) foram alguns exemplos.

Gui (Rogério Fróes) e Nininha (Júlia Maggessi) em cena de Prova de Amor (Reprodução: Record TV)
Gui Rogério Fróes e Nininha Júlia Maggessi em cena de<strong> Prova de Amor <strong>Reprodução Record TV

Outras versões

Em 1973, cinco anos após o sucesso da novela, A Pequena Órfã ganhou uma versão para o cinema, com o mesmo título e a presença dos atores Patrícia Ayres e Dionísio Azevedo repetindo os papéis principais. Desta vez, o papel da vilã – corresponde ao de Nívea Maria em Sonho Meu – coube à icônica Vida Alves (1928-2017).

Em 2005, a história de Teixeira Filho foi usada como base para um dos argumentos centrais de Prova de Amor, obra de Tiago Santiago atualmente em reprise na Record TV. Nesta versão, Júlia Maggessi (Nininha), Rogério Fróes (Velho Gui), Vanessa Gerbelli (Elza) e Lavínia Vlasak (Clarice) viveram os personagens que, na trama da Globo, eram respectivamente de Carolina Pavanelli, Elias Gleizer, Nívea Maria e Patrícia França.

Curiosamente o galã de Sonho Meu, Leonardo Vieira, também estava no elenco de Prova de Amor. Ele interpretava o vilão Lopo, responsável na atração da Record TV por sequestrar a menina protagonista e separá-la de sua mãe.

Leonardo Vieira e Patrícia França em <strong>Renascer<strong> ReproduçãoYouTube

Par romântico aprovado

A escolha de Leonardo Vieira e Patrícia França para viverem o casal central de Sonho Meu não se deu por acaso. Os dois haviam feito sucesso juntos na primeira fase de Renascer (1993), trama escrita por Benedito Ruy Barbosa para o horário nobre da Globo.

Em seu primeiro papel na telinha, Leonardo deu vida a José Inocêncio, o protagonista, que na segunda fase seria assumido por Antônio Fagundes. Loucamente apaixonado por Maria Santa (Patrícia), o personagem sofre quando a esposa morre no parto do filho caçula, João Pedro (Marcos Palmeira).

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