A CNN Brasil surpreendeu ao colocar na tela uma construção de texto considerada racista. O material foi exibido no GC (gerador de caracteres), as tarjas que ilustram o tema abordado pelos jornalistas. No Jornal da CNN, comandado por William Waack, foram mostrados os protestos contra o preconceito racial nos Estados Unidos.
Veja também:
“Protestos violentos nos EUA após morte de negro”, dizia o texto, que se refere, na verdade, a George Floyd, um homem, de 46 anos, que trabalhou, antes da pandemia da Covid-19, como segurança de um restaurante. Ele foi assassinado por um policial que o asfixiou por quase nove minutos, em Minneapolis, no estado de Minnesota.
A manchete da CNN Brasil chama a atenção negativamente porque não é comum identificar, por exemplo, uma vítima não negra apenas pela etnia dela, como se fosse a única informação relevante ou mesmo ele fosse mais um dentre tantos outros iguais.
Em geral, quando se refere a qualquer pessoa na TV, os telejornais colocam nome, gênero, cargo ou até nacionalidade e aí podem acrescentar ou não a etnia.
O Observatório da TV não identificou manchetes na tela da CNN Brasil, que tem quase três meses no ar, se referindo a pessoas não negras como “branco”, “loiro”, “amarelo” etc.