Entrevista

Carlos Machado fala de Fina Estampa: “a repercussão desta vez está maior ainda”

O ator analisa a trajetória de Ferdinand na história de Aguinaldo Silva

Publicado em 26/08/2020

Em Fina Estampa, Ferdinand (Carlos Machado) é segurança e frequentador do quiosque de Álvaro (Wolf Maya) e Zambeze (Totia Meireles) Mas ele é, também, o principal cúmplice da vilã Tereza Cristina (Christiane Torloni). É para ele que ela recorre quando quer esconder seus crimes ou colocar em prática todos os seus planos de vingança contra a família de Griselda (Lilia Cabral).

Mas enquanto a perua consegue armar sem deixar muitos rastros, Ferdinand é atrapalhado e sempre coloca tudo a perder. “A grande falha trágica da Tereza Cristina é ter o Ferdinand de assistente, pois é ele que vai deixando os rastros. E isso deve acontecer porque ela quer ser pega, já que ele comete erros que são primários”, comenta Christiane Torloni, intérprete da Rainha do Nilo.

O próximo plano que Ferdinand tenta colocar em ação é atrapalhar o casamento de Amália (Sophie Charlotte) e Rafael (Marco Pigossi). Mas Griselda descobre tudo antes e ele e a perua ficam presos na sauna com um baú lotado de ratos. Tereza Cristina abre a caixa e o segurança fica apavorado ao se ver no meio de tantos roedores.

O que a Pitonisa de Tebas não imagina é que seu cúmplice atrapalhado reuniu ao longo da história provas concretas contra ela. Cansado de ouvir tantos insultos apesar de tudo que já fez a mando da perua, Ferdinand organiza todo o material que incrimina a inimiga de Griselda.

Na entrevista abaixo, Carlos Machado relembra este marcante personagem.

Qual foi a importância de Fina Estampa na sua carreira?

Fina Estampa foi de uma importância ímpar na minha carreira e na minha vida. Foi a primeira grande oportunidade que eu tive na teledramaturgia, o que acabou trazendo uma visibilidade incrível e oportunidades muito bacanas. Sou muito grato por ter feito essa novela e esse papel tão divertido. Apesar de o Ferdinand ser um vilão, ele sempre foi muito divertido porque é um vilão meio estabanado.

Nos próximos capítulos vai ser exibida uma cena engraçada com ele. A Tereza Cristina pede para ele armar contra a Griselda usando ratos. Mas ele é que fica preso com os ratos na sauna e morre de medo. Gravamos com uns 30 ratos, mas com o efeito da computação na cena parece que são 300. Foi divertidíssimo gravar.

Você está conseguindo assistir à novela? Como está sendo rever um trabalho quase 10 anos depois?

Eu moro nos Estados Unidos, então não consigo acompanhar todos os dias. Às vezes eu gravo e assisto com um pouquinho de atraso. Mas é muito divertido rever Fina Estampa, eu gosto de acompanhar sim.

Como está a repercussão para você? Tem recebido muitas mensagens do público?

A repercussão é sempre bacana de uma novela no horário nobre. Mas a impressão que nos dá é que a repercussão desta vez está maior ainda. Tenho recebido mais mensagens do que nunca, mais comentários do que nunca. Eu tento responder todos que me escrevem.

O que lembra com mais carinho das gravações? Qual cena mais te marcou?

O que eu guardo com mais carinho são as cenas com a Christiane Torloni, que era uma grande parceira. A que mais me marcou, talvez por ter sido a última, foi a do Ferdinand sendo eletrocutado na banheira. Foi a despedida.

Como está lidando com esse período de isolamento social?

Esse momento de isolamento social está sendo bastante tranquilo, porque é um período em que preciso estar mais em casa, ajudando a esposa com as crianças. A gente escolheu, num primeiro momento de adaptação nos Estados Unidos, estar na mesma cidade que minha irmã que mora em uma cidade menor, então estamos tendo uma vida mais sossegada.

Fina Estampa é uma obra de Aguinaldo Silva, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya e direção de Ary Coslov, Claudio Boeckel, Marcelo Travesso, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo.

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