Grande reportagem

Câmera Record mostra o agravamento dos crimes de abuso sexual durante a pandemia

Sander, ex-líder da banda Twister, revela trauma

Publicado em 29/05/2020

O Câmera Record deste domingo (31) apresenta relatos comoventes de vítimas de abuso sexual e mostra como este tipo de violência se agrava durante o período de pandemia.

Durante a quarentena, este tipo de crime pode aumentar porque, de acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 80% dos abusos sexuais de crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa.

Em abril deste ano, o número de denúncias recebidas pelo serviço Disque Direitos Humanos – Disque 100 registrou uma queda de 19% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O dado que, aparentemente, parece positivo, traz, na verdade, um sinal de alerta, segundo os especialistas: com o isolamento social imposto pela pandemia, as crianças estão distantes de uma rede de apoio importante, formada por escolas e creches. A denúncia se torna mais difícil e a convivência com o abusador pode ser ainda mais intensa.

Lembranças dramáticas

“Monstro, psicopata… Ele era psicopata”. É assim que Giovanna Teodora definiu o próprio pai, que abusou sexualmente dela dos oito aos treze anos de idade. Já adulta, ela decidiu confrontá-lo e gravou o áudio da conversa explosiva, que ela compartilhou com o programa. As lembranças dramáticas permanecem até hoje. “Eu preciso de tratamento psiquiátrico. É uma depressão recorrente”, contou.

Carolina do Carmo também foi abusada pelo pai quando tinha seis anos de idade e passou anos em silêncio. “Ele destruiu todos os sonhos que eu tinha”, disse. Ela só encontrou algum alívio quando finalmente conseguiu revelar tudo o que havia acontecido para a mãe. Juntas, elas foram em busca de justiça e denunciaram o agressor.

O programa deste domingo também traz uma entrevista com o cantor Sander. Ex-líder da banda Twister, que fez sucesso entre os jovens nos anos 2000, o artista revela um trauma que carrega desde os 15 anos de idade. “Uma violência muito grande para um garoto. Muito sujo, muito violento”, disse.

E ainda: no podcast sobre esta reportagem, que já está disponível em todas as plataformas digitais e no Play Plus, a psicóloga Maria Luiza Facury, do Projeto de Acolhimento de Vítimas, do Ministério Público de São Paulo, dá a sua opinião sobre o tema.

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade