Câmera Record mostra história de médico renomado que pesa quase 300 kg

Publicado em 29/09/2017

O Câmera Record deste domingo, 01/10, às 23h45, mostra detalhes da vida de um médico que é obrigado a passar a maior parte do tempo na horizontal, ilhado em uma cama. Luiz Alberto Marquezine, conhecido em Assis, no interior de São Paulo, já dirigiu um dos principais hospitais da cidade. Acostumado a salvar a vida dos outros, agora é ele quem pede socorro. “Ninguém sabe desta vida que eu vivo aqui. Da porta para fora, é ‘doutor’, é outra pessoa. O que eu vivo em casa, nem minha família sabe”, diz.

Durante 15 dias, a equipe do programa conviveu dia e noite com o Dr. Marquezine e investigou o que está por trás da obesidade mórbida que, pouco a pouco, abocanha a saúde dele.

No trabalho, ele é obstetra e ginecologista, com especialização em câncer de mama. Mas agora só tem condições de atender como clínico geral. E sempre sentado. Não se levanta para examinar os pacientes. O consultório precisa ser perto do banheiro, para que ele consiga chegar a tempo, quando a vontade aparece. “Se precisar de mim para levantar, ir lá na frente entubar, fazer algum procedimento, eu levanto e vou. Não sei como vou chegar lá, mas eu vou”, conta.

O Dr. Obeso passa a maior parte do tempo deitado, coberto apenas por um lençol. Quase nenhuma roupa serve mais. O corpo gigante o sufoca e provoca calor. E nem sempre cheira bem. “(Depois do banho) Tem que estar bem sequinho, porque se deixar a umidade entre as dobrinhas é a mesma coisa que não tomar banho. O odor é terrível”, admite.

Solitário, ele só tem uma companhia: a comida. Os queijos são estocados debaixo do travesseiro. “Este aqui é queijo gouda”, entrega. Quase todas as refeições são em cima do colchão. O médico recebe a visita semanal do entregador de pizza, que se comove com o drama do freguês. “Eu me sinto mal”, diz Renato, em meio a lágrimas. “Eu gostaria de vê-lo como antigamente”.

Plantões de madrugada, falta de tempo para se alimentar direito e estresse. Será a rotina médica a responsável pelo descompasso no peso dele? Ou a compulsão alimentar tem mais raízes emocionais? E a família dele? Onde está?

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