Após ser demitido, apresentador da Band grava vídeo fazendo acusações ao seu ex-chefe

Publicado em 07/09/2018

Ricardo Martins, apresentador do Minas Urgente – 1ª Edição, da Band em Uberlândia, foi pego de surpresa ao retornar para o trabalho. Tudo aconteceu após uma suspensão de dois dias úteis, por mau comportamento, que ocorreu na sexta-feira (31).

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Segundo informações do jornalista Daniel Castro, Martins teria tido desavenças com o gerente de jornalismo da Band Triângulo, Josuá Barroso. Surpreso com a demissão, o apresentador resolveu colocar a boca no trombone. Ele disparou inúmeras acusações sobre Josuá, inclusive, de assédio moral.

“Eu sou Ricardo, tô aqui na Band Triângulo, e aqui atrás Josuá Barroso. Ele é gerente de Jornalismo, que acaba de me demitir.

Não só eu, mas como outros funcionários que estão sendo acuados e vítimas de assédio moral. Eu fui demitido porque eu denunciei perseguição desse cidadão contra os funcionários que aqui estão e também contra o Ministério Público.

Já fiz a denúncia para um promotor e seus auxiliares. E agora nós vamos aguardar o desfecho dessa história, desse cidadão que comete vários crimes contra todos os colegas aqui dentro. Ministério Público, UFU, Ministério do Trabalho, Sindicato dos Jornalistas, nos ajudem!”.

Veja o vídeo:

Quem me conhece como pessoa e profissional sabe do meu caráter. Nos mais de 20 anos de profissão, nunca fui obrigado a atacar ninguém de forma pessoal, como aconteceu na Band Triângulo. Tenho certeza que não é a conduta da emissora e sim do gerente de jornalismo com o aval do atual diretor. Além disso, nós profissionais estamos diante de um regime de um ditador que humilha, xinga, grita e manda embora quem bate de frente. Sei que o que estou relatando aqui, após a minha demissão é grave e as provas de todos esses crimes cometidos dentro da emissora estarão à disposição da justiça. Obrigado a todos. Ricardo Martins. #band #bandsp #mp #ministeriodotrabalho #sindicatodosjornalistas

Posted by Ricardo Martins on Tuesday, September 4, 2018

Ainda de acordo com o site Notícias da TV, outros funcionários não concordam com as acusações de Ricardo. Eles afirmam que o gerente de Jornalismo tem um perfil austero no trabalho, cobra por resultados, mas que não pratica assédio contra a equipe.

Em contato com Josuá Barroso, o gerente de jornalismo da Band Triângulo respondeu às acusações de Ricardo Martins, através de um comunicado oficial da emissora sobre o caso.

Leia na íntegra abaixo:

“Tudo o que temos a declarar é que depois de mais de 1 ano de contrato, a partir de hoje, 04/09/2018, o jornalista Ricardo Martins não é mais apresentador do Minas Urgente 1a edição.

A ele desejamos toda a sorte e sucesso em sua jornada.

Sobre as declarações contidas no vídeo, entendemos ser desnecessário tentar explicar cada um dos pontos das acusações feitas. Não porque não temos algo a declarar. Mas por que neste momento, esta discussão pública não traz nenhum benefício as partes envolvidas. Mais do que isso – é também um desrespeito aos demais colegas não citados, e que conjuntamente, produzem nosso jornalismo diário. São eles nossos editores, repórteres, cinegrafistas, produtores e demais apresentadores desta casa.

Reiteramos nosso respeito à nossa equipe, aos colegas e às instituições citadas, e à todas as demais não mencionadas.

Lembramos ainda que a Band Triangulo tem uma trajetória de ações que demonstram claramente que nada disso é verdade.

1) não existe qualquer tipo de perseguição ao MP. Nunca houve e nunca haverá. Temos absoluto respeito pelas instituições. Trata-se apenas de uma matéria na qual ele participa como repórter, exibida em um programa apresentado pelo mesmo.

Não houve qualquer tipo de pressão por parte da emissora para força-lo seja na produção da matéria, seja na apresentação do programa.

Ao contrário – temos provas que serão juntadas ao processo que comprovam a preocupação do Ricardo em não ser afastado da reportagem.

Ele inclusive participou pessoalmente da produção da mesma e ainda acompanhou todo o trabalho do editor. Uma de suas justificativas para o briga com o gestor é inclusive uma versão que se fez necessária, com menor duração.

2) Ao contrário das declarações dele, nenhuma prova de assédio, conduta irregular ou qualquer outro tipo de evidência foi apresentada. Tudo gira em torno das teorias que ele mesmo cria.”

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