papo polêmico

Ao vivo, Letícia Colin discorda de médico sobre legalização da maconha: “Semente menos conservadora”

Atriz participou de debate na Globonews ao lado de Walter Casagrande

Publicado em 27/08/2021

Nesta quinta-feira (26), a atriz Leticia Colin foi uma das convidadas de um bate-papo sobre dependência química exibido pela GloboNews. Junto à esposa de Michel Melamed estava o comentarista de futebol Walter Casagrande e o médico Arthur Guerra.

Em clima de debate, o programa teve o comando de Aline Midlej. A jornalista questionou a opinião dos presentes em relação à legalização da maconha, questão presente no âmbito público brasileiro há anos e que sempre é permeado por polêmicas.

Discordando do médico Arthur Guerra Letícia Colin argumentou que a liberação pode ter pontos positivos na sociedade. “Vou plantar uma semente um pouco menos conservadora sobre a liberação da cannabis. Acho que a descriminalização iria ajudar e muito a reduzir o número de mortes e de jovens no tráfico. Além de potencializar os tratamentos pela maconha. Mas respeito muito a sua opinião e estamos aqui para conversar. Isso é um espaço”, colocou a artista.

Para ilustrar o seu ponto de vista, Letícia levou à conversa as nuances da personagem que interpretou na série Onde está meu coração: uma médica dependente química. “O pai dela é uma grande médico que é divinamente atuado pelo Fábio Assunção. Isso ganham uma dimensão mítica realmente para a nossa série“, relembrou a atriz.

Uso de medicamentos

Ainda na conversa ao lado de Casagrande, que sempre fala publicamente sobre a sua luta no passado contra o vício em drogas, a atriz revelou que sofre com transtornos de humor, como depressão e ansiedade. Como parte do tratamento, faz administra medicamentos.

Segundo Letícia, o tema ‘dependência química’ precisaria ser discutido com menos ataques e moralismos. “Essa questão da droga muitas vezes a gente olha por uma ótica muito moralista e irônica, muito preconceituosa. E na verdade cada um encontra uma maneira de lidar com a sua tristeza, a sua compulsão, sua dificuldade de viver esta superação. Viver é muito difícil” opina.

Ela ainda revela que esteve no reduto de usuários de drogas em São Paulo, conhecido como cracolândia, onde também foi praticamente o laboratório de Grazi Massafera para Verdades Secretas.

“Para quem tem a dependência química, no corpo, na história e no marco traumático é muito mais. Sou extremamente solidária. Quando estive na cracolândia conversando com usuários, me senti de igual para igual. E isso é uma quebra de paradigma muito importante. Droga é uma questão de saúde e não uma questão de polícia”, diferencia Letícia.

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