Novela mexicana

A que Não Podia Amar: conheça Monte Calvario, versão anterior da história

A que Não Podia Amar teve uma versão nos anos 1980

Publicado em 14/10/2019

Atração das Novelas da Tarde do SBT, A que Não Podia Amar trouxe de volta um público descontente com as reprises em looping das mesmas novelas de sempre e/ou com algumas inéditas que não deram tão certo assim. Anteriormente, a história protagonizada por Ana Brenda Contreras e Jorge Salinas teve outras duas versões. No entanto, apenas uma delas foi exibida no Brasil: Sigo te Amando, em 2000. A outra foi Monte Calvario, de 1986.

A história de Monte Calvario, versão de A que Não Podia Amar

Autora de diversas histórias conhecidas por toda a América Latina e mesmo fora dela, Delia Fiallo criou A que Não Podia Amar para o rádio. Em 1986, o produtor Valentim Pimstein transpôs pela primeira vez a trama para a televisão, com o título de Monte Calvario. O casal protagonista era interpretado por Edith González e Arturo Peniche. Eles viviam Ana Rosa e Gustavo. Obrigada pela avó Rosário (Consuelo Frank) a se casar com o cruel Otávio Monteiro (José Alonso), a jovem é muito infeliz, e encontra no amor verdadeiro o alento para seu sofrimento. Os conflitos se aceleram quando Gustavo, que é médico, surge na fazenda de Otávio como profissional contratado para curá-lo dos problemas de saúde que levam-no a utilizar uma cadeira de rodas para locomoção. A saber, o Gustavo (José Ron) de A que Não Podia Amar não é médico, mas engenheiro.

A meia-irmã de Otávio, Olívia (Úrsula Prats), é outra pedra no sapato de Ana Rosa. Com efeito, esse problema se avoluma quando Olívia se envolve com Gustavo e descobre que ele é importante na vida da cunhada. Posteriormente, ao dar à luz um filho do amado, Ana Rosa é alvo de um crime de Olívia. Esta sequestra o filho da jovem, após ajudá-la no parto.

Prêmios conquistados por Monte Calvario

Na edição de 1987 do Prêmio TV y Novelas, o ator Odiseo Bichir, que interpretou Roberto em Monte Calvario, foi o vencedor na categoria Revelação Masculina. Embora não tenham vencido, da novela também foram indicados, só para ilustrar, José Alonso e Úrsula Prats (Atores Antagonistas) e o produtor Valentim Pimstein. Ademais, Lili Inclán, que vivia Fátima, também foi indicada (Atriz Principal), mas não venceu. Monte Calvario teve 150 capítulos, exibidos no México entre março e outubro de 1986. Com efeito, como foi produzida numa época em que as novelas mexicanas tiveram um hiato de exibição no Brasil, essa versão de A que Não Podia Amar “envelheceu” e nunca foi ao ar por aqui. Na segunda metade dos anos 1980, até o começo dos anos 1990, a saber, o SBT praticamente não exibiu novelas mexicanas.

Entre Monte Calvario e a atual atração do SBT, houve outra versão de A que Não Podia Amar

E ela também foi exibida por aqui pelo SBT. No ano 2000, quando começou a apostar de forma decisiva e sistemática em novelas mexicanas inéditas na faixa vespertina, com sua Tarde de Amor, a emissora de Silvio Santos exibiu Sigo te Amando. Produzida por Carla Estrada, não era outra senão A que Não Podia Amar, revisitada mais de 10 anos depois de Monte Calvario. O vilão agora ganhou o nome de Inácio Aguirre, vivido por Sergio Goyri. Tal qual o Rogério de A que Não Podia Amar, papel de Jorge Salinas, ele também tumultuou a vida da mocinha Luiza (Claudia Ramirez). Outra vez seu mocinho era um médico, Luís Angel (Luis José Santander).

As críticas de Delia Fiallo

Sigo te Amando foi bastante criticada pela autora do texto original, Delia Fiallo. René Muñoz incorporou à narrativa elementos que a modernizaram. Não apenas foi mantida a essência romântica, como também o projeto evoluiu para um grande drama de ambientação rural. Todavia, Delia declarou à imprensa na ocasião que a novela apresentada não correspondia a seu estilo de escrever… O que não impediu que Sigo te Amando fizesse muito sucesso, tanto no México como em outros países.

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