Falta pouco mais de um mês para o final de Selva de Pedra, mas o público não vai precisar esperar o derradeiro capítulo para ver o mau-caráter Miro (Miguel Falabella) se dar mal como merece. A antes ingênua e apaixonada Diva (Iara Jamra) já não cai em sua lábia. Tampouco sua irmã mais nova, Zelinha (Neuza Caribé), se deixou levar como Miro gostaria. Afinal, o grande objetivo do malandro-agulha é tirar proveito da fortuna de Cristiano (Tony Ramos), à qual acredita ter direito. Mesmo Fernanda (Christiane Torloni) não embarca na conversa de Miro como ele gostaria – e como antes já aconteceu.
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Jogar com o desejo de vingança de Fernanda contra Cristiano já deu mais certo. No entanto, Miro prossegue fazendo uso das fraquezas da patroa para se vingar do antigo amigo. Ademais, mesmo que não ceda a investidas de Fernanda contra si, Miro sai com ela, por exemplo, para dançar numa gafieira. E acaba demitido pelo marido dela, Caio (José Mayer), quando os dois chegam altas horas da noite. De modo que outra pessoa é pega pra Cristo pelo safado. O velho marujo Mestre Pedro (Stênio Garcia), chantageado há tempos por Miro devido ao passado nada glorioso de Joana (Tássia Camargo), filha do funcionário do estaleiro. Só que as inimizades são muitas e bastante gente sabe que Miro não é flor que se cheire, por experiência própria. É apenas uma questão de tempo para que o marginal encontre o que é dele e está guardado.
Autoria e direção de Selva de Pedra
Selva de Pedra é uma novela de Janete Clair, cuja primeira versão foi produzida e exibida pela Globo entre abril de 1972 e janeiro de 1973. A produção que o Canal Viva atualmente reprisa – pela primeira vez em 33 anos – é uma segunda versão, de 1986, ocasião na qual foi ao ar de 24 de fevereiro a 22 de agosto. Regina Braga e Eloy Araújo foram os adaptadores. A direção coube a Dennis Carvalho, José Carlos Pieri, Ricardo Waddington e Walter Avancini (este, nos 20 primeiros capítulos).