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Simony detona Dudu Camargo em texto e sobra até para Nelson Rubens: “Não gostei de ser disponibilizada”

A cantora se chocou com atitude do apresentador

Publicado em 23/02/2020

Simony resolveu se pronunciar no Instagram após ter um dos seios apalpado por Dudu Camargo enquanto entrevistava o apresentador do Primeiro Impacto no Bastidores do Carnaval, atração da Rede TV! que cobre a folia.

“O meu Carnaval mal começou e ao chegar em casa, me deparei com o descontentamento do meu filho e de boa parcela do público que se mostrou indignado com o fato de um homem ter passado a mão no meu peito em cadeia nacional”, escreveu a famosa.

“Eu estava ao vivo na Rede TV!, realizando meu trabalho ao lado de colegas da profissão e por mais ‘permissiva’ e brincalhona que possa sugerir ser uma transmissão de bastidores do Carnaval, me senti mal, me vi vulnerável em uma situação desagradável que eu gostaria de dividir com vocês como mulher e mãe”, analisou a artista.

“Aqui não falo somente por mim, mas por outras mulheres que não somente nesse período, mas todos os dias se deparam com episódios em que um homem se vê no direito de passar a mão, fazer ‘brincadeiras’ de mal gosto e em último grau forçá-las a algo que não querem”, afirmou.

“Eu poderia achar que o que Dudu Camargo fez foi apenas ‘brincadeirinha’ mas sinceramente me senti mal em não poder dizer ali o que eu achei da cena. Ele passa a mão em mim como se estivesse apalpando um pedaço de carne, me puxa o pescoço e fala que está querendo ‘procriar’, oi?. Ali estava claro que a ‘brincadeira’ de Dudu era sexualizada, queria mostrar-se como ‘macho’ afim de satisfazer sua vontade sem pedir, sem perguntar, sem pensar que além dele existia ali a minha vontade”, destacou.

“Com todo o respeito ao Nelson Rubens, pessoa que admiro, também não gostei de ser ‘disponibilizada’ por estar solteira como se estivesse à espera de alguém a qualquer momento. A mulher é e está como e com quem ela bem entender, o fato de usar um decote e uma roupa curta e decotada não quer dizer que quer ser possuída ou agarrada por um homem, chegamos a um tempo em que é necessário evoluir e entender de uma vez por todas que o direito a vontade de um acaba onde começa o do outro”, pontuou a cantora.

“Mulheres não existem para procriarem ou serem assediadas por homens e agarradas ao bel prazer. A cada Carnaval o assunto do assédio deve ser levado mais a sério, o ‘não é não’ precisa ser entendido como um código a ser respeitado, as delegacias de mulheres precisam estar por toda parte. Se continuarmos achando normal esse tipo de coisa não precisaríamos ter vagões de metrô só para mulheres”, enfatizou.

Peço respeito a todas as mulheres que devem fazer sua parte em mostrar os limites, em fazerem os homens entenderem que não são ‘presas’ ou objetos de desejo. Onde há respeito há equilíbrio, há paz e harmonia. Dudu você ainda é novo pode aprender com esse episódio, tenho um filho pequeno e outro que já é um homem e a eles devo fazer a minha parte de mostrar que o machismo é algo vergonhoso e que não deve servir de autoafirmação ou postura a ser admirada. Que o episódio ajude a pensarmos melhor essas questões. Paz, respeito e amor”, concluiu Simony.

Veja:

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O meu carnaval mal começou e hoje, ao chegar em casa , me deparei com o descontentamento do meu filho e de boa parcela do público que se mostrou indignado com o fato de um homem ter passado a mão no meu peito em cadeia nacional. Eu estava ao Vivo na Rede Tv, realizando meu trabalho ao lado de colegas da profissão e por mais “permissiva” e brincalhona que possa sugerir ser uma transmissão de bastidores do carnaval, me senti mal, me vi vulnerável em uma situação desagradável que eu gostaria de dividir com vocês como mulher e mãe. Aqui não falo somente por mim mas por outras mulheres que não somente nesse período mas todos os dias se deparam com episódios em que um homem se vê no direito de passar a mão, fazer “brincadeiras” de mal gosto e em ultimo grau forçá-las a algo que não querem. Eu poderia achar que o que Dudu Camargo fez foi apenas “brincadeirinha” mas sinceramente me senti mal em não poder dizer ali o que eu achei da cena. Ele passa a mão em mim como se estivesse apalpando um pedaço de carne, me puxa o pescoço e fala que está querendo “procriar”, oi?. Ali estava claro que a “brincadeira”de Dudu era sexualizada, queria mostrar-se como “macho” afim de satisfazer sua vontade sem pedir, sem perguntar, sem pensar que além dele existia ali a minha vontade. Com todo o respeito ao Nelson Rubens, pessoa que admiro, também não gostei de ser “disponibilizada” por estar solteira como se estivesse a espera de alguém a qualquer momento. A mulher é e está como e com quem ela bem entender, o fato de usar um decote e uma roupa curta e decotada não quer dizer que quer ser possuída ou agarrada por um homem, chegamos a um tempo em que é necessário evoluir e entender de uma vez por todas que o direito a vontade de um acaba onde começa o do outro. Mulheres não existem para procriarem ou serem assediadas por homens e agarradas ao bel prazer. A cada carnaval o assunto do assédio deve ser levado mais a sério, o “não é não” precisa ser entendido como um código a ser respeitado, as delegacias de mulheres precisam estar por toda parte. Se continuarmos achando normal esse tipo de coisa não precisaríamos ter vagões de metrô só para mulheres. CONTINUA EM OUTRO POST

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