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Figurante de A Praça é Nossa era da plateia e paga remédios do filho autista com o salário

A famosa chamou atenção no auditório

Publicado em 05/12/2019

Conhecida por atuar em A Praça é Nossa ao lado de Zé Américo, que vive o Dapena no formato cômico, Maria do Carmo da Silva Alves, de 66 anos, está há seis anos no cargo e anteriormente fazia parte da plateia da produção.

Moradora da Vila Mara, zona leste de São Paulo, a senhora viaja 47 km de ônibus até o SBT todas as quartas-feiras para gravar a produção. “Eu me sinto muito legal perto de um homem desses!”, declarou Maria sobre Américo ao UOL.

Mãe de Miguel, filho que tem autismo, a idosa recebe R$ 200 por participação no formato, e com o dinheiro consegue comprar os remédios para o filho. “Ele é especial. Recebo um salário dele, do INSS, porque tem autismo”, explicou.

“Ele já nasceu assim, mas pensava que ele não tinha problema nenhum. Soube aos 12 anos. Cheguei a ficar muito deprimida, chorava direito, mas a psicóloga falou: ‘Tenha calma, é assim mesmo’. Batia nele sem saber, hoje não faço isso”, contou a senhora.

Em 2013, fo Maurício Manfrini, o Paulinho Gogó, que se interessou pela senhora e a chamou para fazer parte do seu quadro. “Fui [para o auditório] para sentar, bater palmas e dar risada. De repente, a produção me chamou. Há mulheres que ficaram até com ciúme, mas eu não ligo”, revelou Maria.

Depois, a famosa foi chamada para integrar os quadros de Zé, onde permanece até hoje. “Um dia, a Carminha [nome artístico de Maria] falou para mim que tem um filho especial, que precisa dela, então faço questão que ela esteja em todos os quadros porque acho que vai ajudar, e é um charme ela estar sempre no programa, desde o Falta Horas. Ela só engrandece o nosso quadro com o jeito dela. A nossa maior alegria é ter uma piada legal da Carminha”, declarou Américo.

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