“Temos uma representatividade menor do que gostaríamos”, afirma Globo sobre a escalação de poucos atores negros para Segundo Sol

Publicado em 03/05/2018

A Globo assumiu, nesta quinta-feira (3), que não escolheu bem o elenco da próxima novela das 21h quando o assunto é diversidade étnica. A trama, escrita por João Emanuel Carneiro, o mesmo do sucesso internacional Avenida Brasil, não possui atores negros ou pardos no núcleo central e poucos considerando todo o elenco. O fato gerou um forte estranhamento antes mesmo da novela começar.

O Observatório da Televisão procurou a Globo e perguntou “por que uma novela que se passa em um estado com cerca de 80% da população negra ou parda é composta quase 100% por atores não negros ou pardos?”. A emissora carioca não negou e disse que as análises estão sendo feitas pelo público, somente a partir de imagens da primeira fase, com o elenco reduzido. O comunicado, enviado por e-mail à redação, também fala em “representatividade menor” do que a Globo gostaria.

Veja também: Globo diz que não fez reunião para orientar elenco sobre ausência de atores negros em Segundo Sol

Na nota oficial, o canal carioca, no entanto, não explicou se haverá ou não atores negros ou pardos em papéis de protagonistas na segunda fase. As informações que chegaram à imprensa, de divulgação oficial, são de que os personagens centrais continuarão sendo interpretados pelos mesmos atores na etapa principal, que se passa nos dias atuais.

Confira o comunicado da assessoria de imprensa da Globo na íntegra.

“Uma história como a de Segundo Sol, também pelo fato de se passar na Bahia, nos traz muitas oportunidades e, sem dúvida, reflexões sobre diversidade na sociedade, que serão abordadas ao longo da novela, que está estruturada em duas fases. As manifestações críticas que vimos até agora estão baseadas sobretudo na divulgação da primeira fase da novela, que se concentra na trama que vai desencadear as demais. Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente. De fato, ainda temos uma representatividade menor do que gostaríamos e vamos trabalhar para evoluir com essa questão.”

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