MST deixa sede da Rede Bahia após negociações; afiliada da Globo repudia fato em nota oficial

Publicado em 17/04/2018

Terminou ainda na manhã desta terça-feira (17), por volta das 10h, a invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na sede da Rede Bahia, afiliada da Globo em Salvador, acontecida nas primeiras horas do dia.

A emissora confirma, em nota, que após negociações entre a direção da emissora, a Polícia Militar da Bahia e manifestantes, o protesto terminou. Cerca de duzentas pessoas invadiram o canal por volta das 5h.

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Segundo o representante legal do MST no protesto, Evanildo Costa, o motivo do protesto foi a prisão do ex-presidente Lula a dez dias atrás e os dois anos do impeachment de Dilma Rousseff.

“Ocuparemos por tempo indeterminado. Agora somos mais de 180 pessoas e ocupamos o pátio e a recepção. Estamos denunciando o golpe no Brasil. A Rede Globo é responsável por esse golpe que vem destruindo o Brasil”, disse o dirigente em entrevista para a Rádio Metrópole de Salvador.

Em nota oficial, a Rede Bahia explicou toda a situação e repudiou a invasão, considerando ela um atentado a democracia e ao estado de direito, mas diz que respeita todas as manifestações.

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Veja o comunicado da Rede Bahia na íntegra:

“Informamos que hoje, dia 17 de abril, por volta das 05:55 da manhã, um grupo de representantes da CUT e FUP (Federação Única dos Petroleiros) invadiu a sede da Rede Bahia, forçando o portão da empresa munidos de facões (conforme relato dos seguranças patrimoniais), equipamentos de som e bandeiras sob o argumento de protestar contra os 2 anos do golpe civil e os 22 anos do massacre dos trabalhadores do MST, em Carajás.

Com o apoio e intermediação da Polícia Militar da Bahia, os manifestantes realizaram protesto com palavras de ordem e discursos. Por volta das 09:45, o protesto foi encerrado. Não houve outras ocorrências registradas.

A Rede Bahia respeita a liberdade de expressão. Defende vigorosamente a liberdade de imprensa e a segurança dos profissionais que trabalham no exercício da comunicação, destacando que o trabalho do jornalista e da imprensa são direitos constitucionais assegurados e que contribuem significativamente para a democracia.

A hostilidade sofrida hoje representa uma agressão aos meios de comunicação do Estado e a todos os profissionais de imprensa”.

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