No dia 07 de janeiro de 2003, estreava na Globo a minissérie A Casa das Sete Mulheres. Escrita por Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, baseada na obra de Letícia Wierzchowski, a trama tinha direção de Jayme Monjardim e era protagonizada por Camila Morgado, Mariana Ximenes, Eliane Giardini, Samara Felippo, Daniela Escobar, Nívea Maria e Bete Mendes.
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No Brasil de 1835, acontece no sul do Brasil a Revolução Farroupilha, liderada por Bento Gonçalves (Werner Schunemann). Ele é casado com Caetana (Eliane Giardini), uma mulher corajosa e inteligente, e eles são pais de Perpétua (Daniela Escobar). Quando os homens da família saem de casa para a luta dos farrapos, as mulheres se unem na Estância de Dona Ana Joaquina (Bete Mendes), irmã de Bento Gonçalves, junto com Dona Maria (Nívea Maria), outra irmã de Bento, e suas filhas Manuela (Camila Morgado), Rosário (Mariana Ximenes) e Mariana (Samara Felippo).
Juntas, elas viverão grandes conflitos e histórias de amor. Perpétua se apaixona por Inácio (Marcello Novaes), um homem casado cuja esposa está doente. Já Rosário se apaixona por Estevão (Thiago Fragoso), um soldado inimigo, e continua seu romance proibido mesmo quando o jovem morre. Enquanto isso, Mariana se apaixona pelo índio João Gutiérrez (Heitor Martinez), para horror de sua mãe, que faz de tudo para separá-los. Caetana, por sua vez, passa a sofrer com os assédios e a obsessão de Bento Manuel (Luís Melo), que jurou conquistá-la, recorrendo as forças ocultas de Teiniaguá (Juliana Paes) para isso.
Quem narra a saga destas sete mulheres é Manuela, que se apaixona perdidamente por Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda), um italiano, guerreiro revolucionário que é um dos principais aliados de Bento Gonçalves. Garibaldi pede a mão de Manuela em casamento, mas o pedido lhe é negado pela família da moça que estava prometida a Joaquim (Rodrigo Faro), filho de Bento Gonçalves. Convencido pela família de Manuela que isto era o melhor para ela, Garibaldi parte sozinho. No front de batalha, ele conhece e se envolve com a corajosa Anita (Giovanna Antonelli), com quem forma uma grande parceria. Já Manuela chega a deixar a Estância atrás de seu amor, mas se vê obrigada a esperar Giuseppe por toda a vida.
A Casa das Sete Mulheres foi uma das minisséries de maior sucesso da história da Globo. A envolvente saga destas mulheres em meio à Revolução Farroupilha não passou indiferente diante do público e da crítica. No entanto, segundo o site Teledramaturgia, alguns historiadores criticaram a forma maniqueísta como a minissérie retratou a Guerra dos Farrapos, idealizando o líder gaúcho Bento Gonçalves como um homem decidido a acabar com a injustiças sociais, enquanto os brasileiros que lutavam com o Império eram apresentados como vilões. Outro fato que chamou a atenção foi que a geografia do estados do Rio Grande do Sul apresentada pela minissérie colocava próximas regiões que na verdade estavam centenas de quilômetros de distância.
A minissérie marcou a estreia de dois atores que foram alçados ao primeiro escalão da Globo: Werner Schunemann, hoje visto em Tempo de Amar; e Camila Morgado, atriz que emplacaria vários importantes trabalhos nos anos seguintes, sendo o mais recente a novela A Lei do Amor, repetindo a parceria com Maria Adelaide Amaral.
A Casa das Sete Mulheres recebeu o Grande Prêmio da Crítica da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pelo ano de 2003. Nívea Maria foi eleita a melhor atriz do ano. A minissérie também foi premiada com o Troféu Imprensa de melhor programa de TV de 2003.
Com 51 capítulos, A Casa das Sete Mulheres foi escrita com a colaboração de Lucio Manfredi e Vincent Villari; sob direção de Teresa Lampreia, direção geral de Jayme Monjardim e Marcos Schechtman, e direção de núcleo de Jayme Monjardim.
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