Sabadão Sertanejo estreava há 26 anos

Publicado em 20/07/2017

No dia 20 de julho de 1991, o SBT lançava um novo programa musical, como parte da comemoração de seus 10 anos de existência. O Sabadão Sertanejo, apresentado por Gugu Liberato, entrou no ar fazendo uma dobradinha com o sucesso Viva a Noite, e trazia, todas as semanas, os principais intérpretes de sertanejo da música brasileira.

No início dos anos 1990, a música brasileira assistia a ascensão do sertanejo. Duplas como Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e Zezé di Camargo e Luciano (estas duas últimas, as grandes novidades da época), entre tantas outras, passavam a ocupar as paradas de sucesso, estourando nas rádios e vendendo muitos discos. Assim, o SBT idealizou esta nova atração, que procurava aproveitar a moda sertaneja, e deu certo. Sabadão Sertanejo registrava bons índices de audiência e ajudou a consolidar Gugu como um dos principais nomes da emissora.

Com o Sabadão Sertanejo e Viva a Noite, Gugu Liberato tomava toda a noite de sábado do SBT. Além disso, estava no ar também aos domingos, no comando de atrações como Passa ou Repassa e TV Animal, dentro do Programa Silvio Santos. Dois anos depois, Viva a Noite sairia do ar, pois seu formato foi reaproveitado no novo Domingo Legal, que estrearia em janeiro de 1993 e se tornaria o mais famoso e longevo programa comandado pelo animador.

Mesmo com o fim do Viva a Noite, Gugu continuava marcando presença nas noites de sábado com o Sabadão Sertanejo, que nada mais era do que um musical com a presença de grandes nomes da música sertaneja. Entretanto, quando a “onda sertaneja” deu uma diminuída, o programa passou a receber, também, cantores de outros estilos musicais, mesmo mantendo o “sertanejo” no nome. Numa determinada época, chegou a ser transferido para as noites de sexta, mudando o nome para Paradão Sertanejo, mas logo retornou ao seu dia habitual e recuperando o nome original.

Algum tempo depois, a música sertaneja, que já era coadjuvante no programa, passou a ser praticamente inexistente. Deste modo, o programa abriu mão de vez do título Sabadão Sertanejo, tornando-se apenas Sabadão. De meados dos anos 1990 até os anos 2000, o musical passou a ser frequentado, principalmente, por grupos de pagode e axé, que estavam em alta naquele período.

Exibido após o humorístico A Praça É Nossa, que foi ao ar durante muitos anos nas noites de sábado, Sabadão foi sendo empurrado para cada vez mais tarde. Seu nome, mais uma vez, não fazia muito sentido, já que entrava no ar praticamente à meia-noite, ou seja, já era domingo. Aproveitando o horário tardio, o Sabadão começou a abrir espaço para a, digamos, “sensualidade”, lançando quadros como a Garota Molhada e a Felina da Noite.

A Garota Molhada nada mais era que um concurso de beleza, no qual apareciam mulheres dançando debaixo de um chuveiro, na lateral do palco, trajando uma camiseta branca que ressaltava seus seios. Já a Felina da Noite era uma dançarina vestida com um curto biquíni, fazendo danças sensuais diante de um poste de pole dance. Helen Ganzarolli chegou a ocupar este posto durante um período.

No início dos anos 2000, com a extinção do Show do Ratinho, programa tipo “show de calouros” que Ratinho apresentava aos sábados na faixa das 21 horas, o Sabadão passou a ser exibido neste horário, onde ficou por um bom tempo. No final de 2002, com problemas de audiência no início das tardes de domingo, o SBT fez uma série de mudanças na grade e realocou o Sabadão para às 13 horas do domingo, mudando seu nome para Disco de Ouro. A mudança não deu certo e o programa saiu do ar pouco tempo depois, em 2003, num momento em que a emissora cancelou várias de suas produções em razão de uma forte crise financeira.

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Veja a apresentação de Zezé di Camargo & Luciano no Sabadão Sertanejo:

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