Welder Rodrigues brinca com liberdade dada pela TV Globo ao Tá no Ar: “Eu voltei para a TV por causa disso”

Publicado em 13/12/2018

Logo após mais uma temporada do Zorra, Welder Rodrigues se prepara para voltar ao ar na TV Globo em mais um humorístico. O ator está na nova e última temporada do programa Tá no Ar: A TV na TV, que estreia em janeiro. Durante uma conversa com jornalistas na emissora, Welder falou sobre a última temporada do programa e novos projetos na casa. Confira:

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Como está sendo para você o fim do Tá no Ar? 

É a nossa última temporada, mas foi aquela opção de acabar bem o programa. Falar de TV é um tema infinito, você pode falar sobre isso por uns cem anos. Mas foi um consenso, não de todo mundo, muita gente está afim de fazer o programa sempre, mas é um consenso de terminar o programa de uma forma legal, para cima. Ele ainda sendo um programa que representa, que tem o que dizer e eu já vi tanta coisa… Tem projeto legal vindo e é isso, renovar sempre é bom.

Novidades

Vem coisa nova por aí? 

Então, é o que eu acabei de falar. Acho que já tem uns quatro ou três projetos que não tem nome ainda, mas é com a mesma galera e a gente já está empolgado.  

Quais as cenas que vem para fechar essa temporada? 

Todo último programa da temporada do Tá no Ar tem um tema, acho que ano passado foi o passado. Já teve um sobre tolerância e o tema dessa última temporada é o fim. E parece que vai ter muito chororô. Mas o fim também é renovação. 

Vai ter uma morte aí, você pode adiantar alguma coisa para a gente? 

Eu não sabia. Eu evito o máximo ler os capítulos, eu adoro ver o programa e ter surpresa. Toda vez que a gente faz leitura eu não gosto, porque eu gosto de ter a mesma sensação de quem está em casa. Eu não vejo as cenas que eu gravo, eu gosto de ver quando vai ao ar.

Lembranças

Nesse tempo de programa o que você pode citar de cenas que foram marcantes? 

O samba enredo da primeira temporada, aquilo foi chocante. Revejam, é uma das coisas mais chocantes que eu já vi e fazer aquele tipo de crítica uma semana antes dos desfiles é muito punk. A gente sempre acha que não vai ao ar, mas as coisas vão para o ar e é demais, é incrível e a gente fica surpreso. Porque a gente fala coisas que não são permitidas e é muito legal da direção da empresa permitir isso.  

Como você vê isso da Globo permitir um programa que pudesse zoar ela mesmo? 

Eu voltei para a TV por causa disso. A minha praia é o teatro, tanto que eu faço teatro todo sábado e domingo há 23 anos, eu nunca parei. Tem um acordo que eu não gravo sábado e domingo, porque no teatro eu estou mais tempo que na TV e vou morrer lá. O que me fez voltar na TV é fazer um humor parecido com o que eu faço no Melhores do Mundo (grupo de teatro).

Novos tempos

Você acha que hoje quase não tem mais espaço para esse humor depreciativo fácil? 

Não existe humor fácil, eu insisto. Existe o humor engraçado e o humor sem graça, ele pode ser feito na Praça é Nossa ou ele pode ser feito no Tá no Ar e gente pode rir muito nos dois lugares ou não. Em algum lugar o humor funciona, é humor, mas eu não sou fiscal de piada e não gosto que fiscalizem a minha. 

Ficou mais difícil essa coisa do politicamente correto? 

Não, não. O Melhores do Mundo fala barbaridades no teatro e a gente está lá todo final de semana.  

Você é sempre bem-humorado? Porque tem humoristas que dizem que não. 

Não, eu tive alguns problemas de saúde e depois eu usei uma palavra com ‘f’ para tudo. Porque realmente nada é importante, o universo tá pouco se importando em quem a gente votou esse ano aqui no Brasil, a gente tem que seguir e tentar ser feliz.

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