Depois de vários trabalhos como atriz mirim, Klara Castanho está de volta à TV. Desta vez o objetivo não é atuar e sim cantar. Ela é uma das participantes da nova temporada de PopStar. Em entrevista ao Observatório da Televisão, a moça falou o que a levou a aceitar o convite, e ainda relatou como costuma lidar com as redes sociais.
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Segundo, Klara, ela está enxergando o programa como um hobbie. E embora goste de cantar, a menina relata que ainda não está pronta para encarar um musical, algo exigiria muito mais preparo vocal. Confira a entrevista completo abaixo.
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O que fez você aceitar esse convite?
Eu não sei definir qual foi o motivo certo, foi mais pelo desafio. É uma coisa que eu gosto de fazer. Sempre gostei de cantar, sempre estudei música e aí eu me dei conta e falei: “Porque não?”. Foi mais esse o meu pensamento. Acho que todo aprendizado é enriquecedor, independente se você vai seguir uma carreira, ou se você vai só estudar por hobbie. Isso aqui é muito hobbie para mim, porque nunca foi uma intenção de vida me tornar cantora. Eu gosto de cantar, mas a minha profissão e o que eu gosto de fazer é atuar.
Você já pensou em fazer musical ou gosta?
Já fiz coisas musicadas, mas musical eu preciso de muito preparo. Não é uma coisa que eu aceitaria agora. Depois de muito estudo e muito preparo, seria incrível.
Klara Castanho relata como lida com julgamentos
Como é que você lida com os julgamentos?
Eu cresci em frente às câmeras. Eu cresci com a imprensa, e não conheço outra vida a não ser com pessoas opinando a minha vida. Eu sempre fui muito blindada em casa, meus pais sempre me blindaram muito. Mas querendo ou não, nas redes sociais, lugares que você frequenta, você ouve comentários. Eu acho que a partir do momento que ele é construtivo, vale a pena levar em consideração, se ele é destrutivo, se a pessoa está querendo externar uma coisa ruim, eu deixo ela para lá. Temos que aprender a filtrar. Eu estou no processo de aprendizado, não é fácil você ouvir uma coisa ruim.
Para o seu repertório, o que a gente pode esperar?
É sempre uma coisa muito romântica, porque é o que eu gosto de ouvir. São coisas calmas, músicas que dizem coisas para mim. Músicas com mensagens externas ou internas, sempre.
Dificuldade na transição entre infância e vida adulta
Você fez muito sucesso criança e teve uma transição. Em algum momento foi difícil para você?
Quando você passa por essa fase criança, adolescente e adulto, é muito difícil de você se enxergar como pessoa completa. Você está se descobrindo, você está formando definitivamente a sua personalidade, você está decidindo o que você quer e é muito complicado, um momento muito conturbado na nossa cabeça. Uma certeza que eu sempre tive, foi sempre me manter na televisão, sendo atriz ou fazendo arte, isso sempre foi um foco. Um grande problema que eu vi nesse meio tempo foi que as pessoas achavam que se eu não estou aparecendo na televisão, eu não estou trabalhando, e eu fiz muitas coisas. Fiz teatro, fiz muito cinema, me descobri em outras frentes.
Escrevi um livro também, então foi onde eu me restabeleci como pessoa. Ser atriz é o meu foco, é o que eu gosto de fazer e eu não vou desistir independente desse tempo “difícil”. Eu tive que aprender a me renovar, não é uma fase fácil, mas o artista precisa se renovar constantemente, foi aí que eu tive um grande start e voltar no PopStar é uma grande oportunidade de me reinventar mais uma vez.
Redes sociais
É legal que nas redes sociais você mostra muito a verdade, acho que isso tem a ver também, né?
Eu acho que a rede social trás uma maior humanidade para as pessoas. Você cria um vinculo maior com quem te segue. Eu sempre escolhi muito o que compartilhar. Tem coisas que eu acho necessárias, tem coisas que eu acho dispensáveis e eu acho também que é um contato maior com quem te admira. É incrível você receber o carinho de quem te admira, você facilitar esse contato não tem preço, então a partir do momento que você entende isso, que você sabe administrar isso, não tem forma melhor de usar esse veículo que é a rede social.
Você chegou a se surpreender com você mesma no programa?
Eu cheguei a me surpreender com a capacidade da minha mão tremer, por enquanto (risos). Já fui melhor e consegui controlar melhor meu nervosismo, mas do primeiro para o segundo eu percebi muita coisa, de avanço meu interno mesmo. Foi uma coisa de eu perceber que pode ser melhor a cada momento, que se eu me entender, se eu me esforçar e se eu me empenhar, as coisas funcionam do jeito que eu quero e eu estou aqui para aprender. Eu não estou chegando aqui como a própria PopStar, isso já facilita muito o caminho, de eu chegar pronta para aprender, de estar disposta a ouvir e evoluir.
*Entrevista feita pelo jornalista André Romano