Vice-presidente do SexPrivé explica que crise na TV paga não afetou canais adultos

Publicado em 16/06/2019

A crise econômica que vem afetando o Brasil desde 2014 atingiu os mais diferentes setores, em especial a TV por assinatura. Em 2018 quase 900 mil cancelamentos foram feitos. Mas os canais eróticos viram sua base de clientes crescer. É o que garante Paulo Saad Jafet, vice-presidente dos canais pagos do Grupo Bandeirantes.

Famosa por ter à sua disposição filmes protagonizados por celebridades, entre elas, Alexandre Frota, Rita Cadilac, Mateus Carrieri, a plataforma conta com 900 mil assinantes tendo Vivi Fernandez, como apresentadora. Na SKY, o canal custa R$ 34,90 mensais, já na Oi tem o valor de R$ 14,90.

Ao Observatório da Televisão, Paulo Saad Jafet contou as novidades do canal para os próximos dois anos, como a produção de 30 filmes nacionais, além de destacar o potencial comercial do canal com ações de merchandising e o desejo de agradar mais as mulheres nas histórias contadas.

A TV paga passa por crise. Mas isso se aplica aos canais eróticos?

Não, não atinge. Ampliamos a penetração do SexPrivé este ano. São canais de interesse específico, de nicho. Não tem crise. Se o conteúdo é relevante ele é distribuído em todas as plataformas. A gente não tem sentido efeito de crises com esses canais. O segmento erótico passou por uma crise lá atrás, há 15 anos, com a explosão da internet. Naquele momento o DVD sumiu, as revistas eróticas diminuíram, mas esse mercado se adaptou à realidade, permitindo estar em todas as plataformas. 

Comercial

É possível fazer merchandising em um canal erótico?

Depende do cliente. A gente cria situações com produtos adequados com sexshop, preservativos, cremes. São potenciais clientes para esse tipo de programação.

O custo para gerenciar um canal como esse é alto?

O mercado erótico se adaptou à economia.

Quais as novidades do canal?

A gente quer ampliar as produções originais, pra melhorar a qualidade, com o lançamento de 30 filmes em 2020. 

Existe uma questão de que os filmes eróticos são feitos para agradar os homens, não as mulheres. Há um movimento entre diretoras estrangeiras para mudar este paradigma. Pensam nisso também?

Sim, como estratégia a gente tem que atender e agradar a todos os públicos.

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