Vencedor do Melhores do Ano na categoria Ator de novela, Sergio Guizé relembra personagem agressor: “Era para ter saído no começo da novela de tão odiado”

Publicado em 10/12/2018

Intérprete de Gael em O Outro Lado do Paraíso, Sergio Guizé ganhou o troféu Domingão – Melhores do Ano. Vencedor da categoria Ator de novela, ele concorreu com Emilio Dantas e Vladimir Brichta. Em conversa com o Observatório da Televisão, ele relembrou o personagem da trama de Walcyr Carrasco e sua importância social.

Segundo o ator, era para Gael ter saído no início do folhetim devido ao ódio gerado por ele. Outra realização para Guizé é poder ter participado em 2018 do reality PopStar. Ele esteve na atração ao lado de sua banda e revelou ter sido uma ótima experiência pois fez com que o público conhecesse o propósito do conjunto. Confira o bate papo:

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Como está sendo receber esse prêmio no Melhores do Ano?

“Eu não estou acreditando. Juro por Deus que não estou acreditando. Eu sou muito fãs dos dois [Emílio Dantas e Vladimir Brichta] na arte, na vida, e já estava muito feliz de estar aqui porque o personagem merecia. Estava me sentindo super-realizado, agora então nem se fala. Minha última atividade profissional do ano e estou com essa medalha. Foi um personagem com uma função social muito importante e queria agradecer a todos que votaram, que acompanharam. Às pessoas da minha família, ao Walcyr, ao Silvio de Abreu… Estou muito feliz. Não tenho nenhum discurso pronto, fiz pensando nas mulheres brasileiras que passam por esse tipo de problema. O personagem era para ter saído no começo da novela, de tão odiado, e chegar até o fim dessa jornada foi ótimo, conheci grandes atores, foi uma escola. Trabalhar com Fernanda, Marieta, Juca, Laura, Lima, Grazi, Ju, Bianca… Aprendi muito”.

Vitória

 Você atribui a sua vitória à quê?

“Dedicação e respeito ao meu ofício. Respeito a essas pessoas que estou representando. Respeito aos meus amigos que estiveram aqui do meu lado concorrendo. É muito respeito e dedicação. Meus personagens são feitos de dentro para fora. Não faço nada brincando. Tem que ter um suor, um sacrifício”.

Você fez recentemente o PopStar, e foi muito bem. Com foi para você participar?

“Eu estava mergulhado no Gael até o meio do ano, depois veio a possibilidade de fazer o PopStar e estar com meus amigos de quase 20 anos de banda Eu levei aquilo como profissão, e não tenho distinção de uma para outra [Cantar e atuar]. Foi muito bacana, aprendi muito e passei a ideia da banda para as pessoas, que é essa: fazer uma homenagem a quem merece. Esses artistas dos anos 1960”.

Quando recebeu o prêmio, você disse “Minha luta, é sua luta”. Fala mais para a gente sobre isso.

“Eu acho que é justo. A legitimidade dos direitos das mulheres. As mulheres deveriam ganhar muito mais, porque fazem várias coisas ao mesmo tempo, e acho que a gente está vivendo um momento maluco. Temos que estar do lado de quem luta. Minha família não é patriarcal, muito pelo contrário. Não convivi com isso de violência doméstica. Fui criado por mulheres fortes, e depois do personagem, fiquei sabendo de tanta coisa absurda, que… (emocionado) desculpe, é muito difícil falar disso. Eu pesquisei, fui atrás e é muito injusto o que acontece no Brasil. Eu penso em tudo, é uma covardia”.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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