Vanessa Giácomo será Stella, uma mulher cheia de conflitos em O Sétimo Guardião: “Ela vai causar!”

Publicado em 01/11/2018

A vida de Stella não será nada fácil em O Sétimo Guardião – próxima novela das 9h da Globo. A moça carrega a culpa de não conseguir engravidar e enfrenta o vício do alcoolismo. Além disso, a personagem de Vanessa Giácomo ainda vive em pé de guerra com a sogra Mirtes (Elizabeth Savala).

Mãe do marido de Stella, o médico José Aranha (Paulo Rocha), a senhora não perde a oportunidade de infernizar a vida dessa mulher. Em entrevista ao Observatório da Televisão, Vanessa conservou sobre os conflitos que cercam a sua personagem.

“Ela também é um cão com a sogra”, avisa a atriz, sem querer colocar Stella no papel de coitadinha. Confira a íntegra da conversa a seguir:

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Qual foi o ponto de partida para a sua pesquisa de construção da personagem: alcoolismo ou maternidade?

Eu acho que a primeira grande partida sempre é o alcoolismo. Precisa ser de uma forma bem delicada, sem estereótipos (a personagem). Foi uma preocupação. Depois, eu percebi que isso não seria a maior preocupação.

Eu tenho que ter essa dor dela de não conseguir ser mãe, mas eu não sei se ela tem uma frustração. Ela carrega uma culpa de achar que perdeu um filho, porque a sogra joga essa culpa nela. Eu fui pelas questões dela mesmo.

“A sogra é bem maldosa, joga as coisas na cara”

A Stella tem uma sogra, a Mirtes (Elizabeth Savala), osso duro de roer. Como será a relação dessas duas mulheres?

Ela também é um cão com a sogra. A sogra é bem maldosa, joga as coisas na cara. Eu e a Elizabeth falamos que as personagens se amam muito, muito, muito. Por isso que elas brigam. Elas são parecidas e se amam muito. A questão é toda do filho (José Aragão) que vai ter que segurar isso. Ficar no meio segurando as duas.

Eu acho que só o fato da minha presença, incomoda a personagem dela (Elizabeth Savala). Tudo o que eu faço dentro da casa dela, na rotina dela, vai incomodar.

Como ela vai conseguir se colocar diante dos conflitos com a Mirtes?

Ela se coloca, mas não é fácil. Nos dois lados, são duas personagens muito fortes. Apesar da Stella ter essa fragilidade, esse lugar que a coloca muito sem defesa e desprotegida, ela tem uma força enorme. Se tiver que falar, ela vai falar.

Se ela tiver que partir para cima da sogra, ela parte. É uma maneira errada dela se colocar, mas ela não é uma personagem que vai engolir um palavrão. O marido que sofre. Ele está com duas mulheres se matando e ele no meio.

Apesar dos conflitos, a Stella vai ser uma personagem sofrida ou vai aprontar todas?

Ela não é vítima nem um pouco. Ela vai causar! (risos). Ela apronta muito bêbada e o marido está ali do lado.

“Ela acha que a Stella não quer ter filhos”

Há uma possibilidade da Stella adotar uma criança?

Na preparação eu falei que a Stella, com certeza, gostaria de adotar (uma criança). Mas a Mirtes católica, cristã e conservadora, jamais vai aceitar uma situação dessa. Ela acha que a Stella não quer ter filhos. Ela não enxerga que a Stella não consegue.

Qual o seu maior desafio nessa novela?

O maior desafio que eu tenho é porque dentro de uma novela, que tem um realismo fantástico, os temas são leves. Então é realmente dosar aonde ela pode ser leve também. Tem um humor com trocas de farpas junto com a Savala e o drama também. Eu estou amando fazer.

Qual a sua opinião sobre a novela ter o realismo fantástico na história?

Eu adoro o Aguinaldo. Realismo fantástico é um tema que sempre me encantou. Eu fiquei, sem sombra de dúvidas, muito encantada e querendo fazer.

Alcoolismo na vida da personagem

O alcoolismo tem alguma relação com a dificuldade que a personagem tem para engravidar?

Tem. Como ela não consegue engravidar e com a frustração de carregar essa culpa, ela começa a beber.

O José Aranha ajuda Stella a vencer o alcoolismo?

Ele ajuda. Ele sabe que ela tem esse problema, sabe também que ela toma outros remédios e que ela mistura esses remédios.

Por morar em uma cidade pequena, a Stella sofre julgamentos da população?

Eu ainda não tive com esses personagens. Ela fica muito dentro de casa.

Você já conviveu com o alcoolismo, de alguma forma?

Não tão de perto. Nunca tive alguém próximo. Mas, obviamente, a gente vê coisas.

A sociedade sabe lidar com uma pessoa que sofre com o alcoolismo?

Com certeza é um tema bem delicado. As pessoas que são afetadas diretamente, que é a família. Eu não digo a sociedade. Quem olha, vê de longe, não sei se tem esse peso. Mas a família que vive, que ama a pessoa que passa por esse momento, eu acho que é muito difícil. Porque você quer o bem da pessoa. Como qualquer tipo de vício, não é uma coisa fácil de lidar. As pessoas vão aprendendo a lidar com essas situações.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

 

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