“Uma novela onde todos são protagonistas”, afirma Rafael Vitti, intérprete de João, o herói de Verão 90

Publicado em 18/01/2019

Prestes a estrelar mais uma novela, Verão 90, Rafael Vitti segue se preparando para as aventuras que o seu personagem, João, vai lhe proporcionar. Quando criança, João Guerreiro (João Bravo/Rafael Vitti) fez sucesso arrebatador ao lado do irmão, Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa), e Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond), a menina mais amada do Brasil, na história. A trama tem estreia agendada para o dia 29 de janeiro, às 19 horas.

O trio formava a Patotinha Mágica, que virou sinônimo de sucesso e mania nacional. Mas os anos de fama e reconhecimento ficaram no passado, assim como o término do grupo em meados da década de 80. Em entrevista ao Observatório da Televisão, Rafael falou sobre os bastidores da novela, referências, história da trama e, é claro, detalhes do seu personagem. Confira:

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Como está sendo dividir o protagonismo da trama com outros atores?

“Eu estou na minha segunda novela. Me sinto feliz e procuro não pensar muito nisso. A nossa novela tem um protagonismo muito dividido. Todos os personagens têm o seu protagonismo. Só tenho a agradecer a confiança que depositaram em mim”.

“A rádio onde o João trabalha, é uma caixa de descobertas dos anos 90”

Como foi fazer workshop da novela?

“O máximo. Eu gravei uma cena no Circo Voador, com sósia do Tim Maia, o cara é incrível. Usando a imaginação, ele e eu nos transportamos para os anos 90, como se eu estivesse realmente num show do Tim Maia, foi arrepiante, foi muito bom, me senti nos anos 90 mesmo”.

O que te lembra esta época dos anos 90?

“Eu nasci em 1995. Na minha infância, eu estava com 5 anos, e já era ano 2000. A história de Verão 90 se passa de 90 a 94, no início da década. É sempre uma questão de pesquisa. Quando eu estou no cenário, por exemplo, a arte e tudo mais está ali trazendo os anos 90. A rádio onde o João trabalha, é uma caixa de descobertas dos anos 90 também”.

Como tem sido a sua relação com Jesuíta Barbosa ?

“Maravilhosa! Ele é um artista que eu admiro. Quando eu soube que seria ele, fiquei até nervoso. Vou ter a oportunidade de fazer o irmão do Jesuíta, vou poder absorver tudo o que eu posso dele. E pra minha surpresa, ele é uma pessoa mais maravilhosa do que ele é como artista. Muito humilde. É engraçado, a gente que admira ver a pessoa num lugar comum, é legal. Só tenho a agradecer, aprendo em cena, é um doce de pessoa”.

“João é admirável por isso, ele não é egoísta, isso é bonito”

O que te encanta no João?

“O que me encanta nele é que, ele poder estar passando pelo maior problema, o mundo pode estar caindo nas costas dele, ele tem a qualidade de não pensar só nele. Ele prioriza principalmente a família e amores dele. Manuzita e a mãe, que são as pessoas mais importantes para ele. E ele é admirável por isso. Não é egoísta, isso é bonito”.

Ele vai viver um triângulo amoroso com a Manuzita e uma amiga. Como está sendo isso?

“Tem vários triângulos amorosos. É novela né? Está muito no início ainda, a gente vai recebendo os capítulos e estamos gravando o capítulo 40 ainda. Não sei bem o que vai acontecer”.

Por que você acha que as pessoas precisam ver essa novela? Qual a mensagem que ela passa?

“Para relembrar a época, e principalmente pela troca entre as famílias. Os pais vão trazer os filhos para conhecerem a época. É um história maravilhosa, o elenco é de primeira, e tem tudo para ser uma novela de sucesso”.

Como você acha que essa época interferiu em quem somos hoje como sociedade?

“Eu acho que isso vai de cada um, de como as pessoas vão relacionar as histórias e acontecimentos retratados com o que a gente está vivendo hoje. Vai de cada um”.

Rafael Vitti revela que recebe ajuda de Tatá Werneck no trabalho

Você consegue traçar um paralelo entre os anos 90 e agora e se questionar ?

“Sinceramente eu vou mais pela surpresa e de me surpreender com as coisas que eu vou relembrando e descobrindo. É como o toca-discos, é mais nesse lugar que no cenário político. Gosto de ver como funcionavam as coisas da época. E eu tive uma grande surpresa na rádio, meu personagem começa tendo um programa no rádio, e eu fui pesquisar como era uma rádio dos anos 90.

Achei que fosse chegar e ligar um botão, mas não, você tem que pegar um disco, botar o disco, é um outro tempo. Tinha uma cena que eu tinha que pegar e ligar pra alguém, só que era o telefone de discar. Eu acho que isso é o mais legal, me dá até uma falta de um tempo assim. Hoje em dia é tudo muito rápido”.

A Tatá te ajuda em alguma coisa de trabalho?

“Ela me ajuda. É uma super parceira, bate texto comigo quando eu peço. Qualquer coisa que eu precise, ela está muito disposta a me ajudar, ela é incrível e eu agradeço muito por tê-la ao meu lado”.

Você tem algum ponto em comum com o João?

“Eu não sei se ele tem isso, mas eu estou colocando uma descontração, uma diversão. Coloco pra fugir um pouco dessa forma convencional dos mocinhos. Pode ser que fique bobo, não sei, mas estou me divertindo. Claro, é preciso entregar um trabalho bonito para o público. Está sendo muito bom”.

Carreira musical

Verão 90 parece ser bem musical e Rock Story também foi. Você tem alguma pretensão na área musical?

“Não, nenhuma pretensão de ser músico, não tenho talento pra isso. Mas amo novelas musicais, eu acho que a música é uma linguagem universal, contagiante, e ainda mais nessa época onde começaram a surgir grandes bandas e artistas que até hoje a gente admira”.

Qual artista dos anos 90 você admira?

“O Cazuza. Ele é poeta e eu amo poesia. Mas tem muitos artistas, os anos 90 são repletos de grandes artistas”.

Quais a referências que você tem dos anos 90?

“Eu estou mais antenado no canal Viva, também peguei um livro que se chama Almanaque dos Anos 90, que tem muitas curiosidades também. Todo mundo que sabe que eu vou fazer a novela e que viveu a época, tem o maior prazer em compartilhar comigo”.

* Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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