Rodrigo Simas fala sobre voltar às novelas contemporâneas em Órfãos da Terra: “Estou animado de fazer uma novela sem ser de época”

Publicado em 20/03/2019

Rodrigo Simas será Bruno em Órfãos da Terra, próxima novela das seis, da TV Globo. Na trama, o rapaz gentil e muito engajado nas causas que lhe são importantes, ele é um fotógrafo. Filho de Norberto (Guilherme Fontes) e Teresa (Leona Cavalli), não aceita ser bancado pelo pai.

Bruno acaba conhecendo e se apaixonando por Laila (Julia Dalavia), mas esse amor será um tanto difícil, afinal, a moça vive um romance com Jamil (Renato Góes). Rodrigo vem de duas novelas de épocas seguidas e se diz bastante animado em voltar para as novelas contemporâneas. Confira:

Conta um pouco sobre seu personagem?

“O Bruno é um fotógrafo nascido e criado em uma família rica, ele tem algumas questões na relação que o pai tem com a mãe. Como ele está crescendo, ele começa a criar sua própria opinião, eu acho que quando ele se envolve com a causa do refugiados, ele começa a ter outra visão da vida. Ele sai um pouco da bolha que ele sempre viveu e eu acho que isso é bastante importante.”

Você acaba sendo um fotógrafo nas suas horas vagas, né?

“É um hobbie, foi uma facilidade para mim. Eu tenho uma intimidade com a câmera. Isso facilitou bastante.”

Diversidade de personagens

Você é um ator multifacetado. Como você vê esses convites chegando até você?

“Eu gosto muito do que eu faço e é um prazer enorme estar nessa novela, com autoras que eu nunca trabalhei. Já trabalhei com a direção, com algumas pessoas da produção também e estou feliz.”

Quem é seu par romântico na novela?

“A Bia Arantes começa sendo a minha namorada, mas o Bruno encontra com a Laila (Julia Dalavia) e se apaixona por ela, mas ela é apaixonada pelo Jamil (Renato Góes). Vai ser uma mistura danada, o Bruno termina com a Valéria (Bia Arantes), porque eles já estão em uma crise e aí se apaixona pela Laila, quando a história irá começar fluir.”

Você é de uma família de atores, mas vocês nunca se deixaram ser colocados em pedestais, né?

“Não tem isso, a nossa educação sempre foi de igual para igual. É isso que eu acredito e é isso que eu prego todos os dias, de estar com meus pés no chão. Porque eu tenho certeza que eu não sou melhor que ninguém. A vida está aí para isso e para a gente viver ela, não tem porque se deslumbrar.”

Refugiados

Como foi o seu contato com os refugiados?

“Eu nunca vivenciei de perto. Já tinha lido sobre e visto algumas matérias, sigo alguns perfis, ainda mais agora fazendo a novela. A gente da novela teve um workshop com refugiados, inclusive tem refugiado que faz a novela e ele contou a história dele, isso deu muita base para ele. Até o pessoal da figuração tem gente que é refugiado. Eu fico feliz de estar abordando esse tema, que é um tema muito importante, muito recorrente.”

O que você está achando do texto da Duca e da Thelma?

“É um texto maravilhoso. Eu sou fã delas, já assisti outras novelas. Quando eu recebi os capítulos, eu pensei em ler só o primeiro e o segundo para ver qual era. Isso mostra uma junção das autoras com o público que facilita a linguagem, estou achando uma delícia.”

Qual o balanço que você faz da sua carreira até então?

“Já tem dez anos da minha primeira novela, não parece que tem esse tempo todo. Eu emendei uma atrás da outra, eu fico muito feliz porque eu sou novo e isso me da experiência, para depois ter escolhas ou tempo diferenciado e não tão corrido. Mas eu sou novo, estou aí para ganhar experiência.”

Reconhecimento

Como você lida com o reconhecimento do público?

“Eu sou o que eu sou e acho que você fazer novela, estar na televisão, você ser reconhecido não te difere dos outros. Nós somos todos iguais, parece clichê, mas é realmente o que eu acredito. É um conjunto da obra, tanto da direção, da produção, quanto da técnica para fazer acontecer.”

O seu personagem é rico, mas não liga para isso, certo?

“Na verdade, ele não gosta do dinheiro do pai. No início ele acha que não usa o dinheiro do pai, mas na verdade a namorada está recebendo dinheiro do pai. Isso faz ele ficar revoltado e correr atrás do que ele quer.”

Geralmente os seus personagem acabam roubando a cena, né?

“Não vou falar rouba (risos). Eu acho que dá certo, vai em um lugar positivo de foco e dedicação que eu tenho com o meu trabalho, mas eu acho que é muito do contexto não só meu, mas dos autores, da direção e tudo junto.”

Agatha Moreira

Como é viver isso com a Agatha Moreira, tanto no ofício, como na vida pessoal?

“É muito legal, a gente se conheceu quando fizemos Malhação e se reencontrou de uma outra forma agora. A gente só soma um ao outro e acho que estar junto significa isso, somar e ser feliz. Cada um tem a sua carreira, isso não se mistura, mas isso é legal.”

Você fez um Italiano, um Índio e nessa você faz um paulista. Como é isso?

“Eu estou animado de fazer uma novela sem ser de época. Eu adorei fazer, gosto de fazer, mas acho que dá um pouco mais de tranquilidade você conseguir brincar com o cotidiano. Ele é paulista e eu estou tentando suavizar um pouco o s, não estou tentando fazer nenhum sotaque de acordo com a direção. Mas eu estou animado e vamos embora nessa nova empreitada.”

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano.

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