“Quem não conta história, tá lascado”, diz Adolfo Campos, comentarista na TV Serra Dourada/SBT

Publicado em 09/06/2018

Na passagem do Observatório da Televisão em Goiânia pelo Tour Observatório, conversamos com um legítimo contador de histórias: o comentarista esportivo Adolfo Campos, que apresenta o quadro Show de Bola, dentro do Jornal do Meio Dia, sucesso do horário do almoço na TV de Goiânia.

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Com vários anos de carreira no esporte, Adolfo confessa ser um grande contador de causos da vida e do futebol, algo que ele se orgulha bastante. Nesta entrevista, ele revela alguns vários que sempre conta para amigos.

Adolfo também confessa ficar feliz e impressionado com o sucesso do seu quadro no telejornal, que tem até uma sessão de abraço exclusiva para os fãs e telespectadores do programa.

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Uma história que ele relembra é de quando ele pediu demissão no ar: “Eu pedi demissão no ar, de brincadeira, mas as pessoas acreditaram. Escrevi no meu blog sobre isso. Foi um momento divertido”.

Leia a entrevista na íntegra:

Observatório Adolfo Campos é o maior contador de histórias do futebol Goiano, está todo dia no Jornal do Meio Dia, no quadro Show de Bola, mandando abraço, contando história, pegando no pé da Luciana, né?

Adolfo Lopes – Principalmente mandando abraço, né? E aí nas horas vagas a gente fala de futebol. O jornal é bom, vocês já constataram e o Show de Bola apenas faz parte lá, dá uma ajudinha também, nesse momento bom da nossa TV Serra Dourada e do Jornal do Meio Dia.

Observatório – Quanto tempo fazendo esse quadro?

Adolfo Campos – Rapaz, é porque eu fiz aqui a TV Serra Dourada, há muito tempo era um programa de esportes, o Telesporte, mas primeiro eu vim da TV Anhanguera, que é a afiliada da Globo, lá nós ficamos muitos e muitos anos, eu faço rádio também e houve um momento que não tinha como fazer as duas coisas, aí eu optei por fazer uma coisa só que era rádio e TV não. Quando eu comecei aqui já faz tempo, agora nessa etapa já faz uns seis, sete anos nesse Jornal do Meio Dia com o quadro, que por acaso nós sugerimos o Abraço Futebol Clube.

Observatório – Para mandar abraços para todos que pedem, não é?

Adolfo Campos – Isso. Mas olha, é porque as pessoas às vezes pensam que a gente faz confusão, mas vem cá, um telejornal campeão de ibope quase todos os dias, daria para abrigar isso, espaço de abraços, isso não é mais rádio ou um programa simples de auditório? Não, é que a gente não confunde, não tem nada com aquele gesso, que incomoda, é tudo muito simples, a gente pensa que tem ido bem e abraço tem tido menos, tem tido mais beijo. Eu sempre falo que mulheres de 1 a 130 anos, não merecem abraço, todas merecem beijos.

Observatório – Adolfo, quantos anos de carreira já no ramo esportivo?

Adolfo Campos – É uma história assim, em 78 o meu pai tinha fazenda, a gente trabalhava e o meu pai morreu, não está mais aqui e eu faria possivelmente algo nesse seguimento. E aí sem meu pai, o meu tio que tinha trabalhado como locutor da rádio Anhanguera, que hoje é rádio CBN, do Grupo Jaime Câmara, que é o pessoal que é afiliado da TV Globo e aí eu comecei a trabalhar lá em 78, em 80 eu já comecei a fazer esporte, 80/82, então eu estava olhando isso aí e nem parece pela minha elegância. Então são 35 anos de carreira, quase 36, mas comecei uma criança, então estou aí, na luta.

Observatório – Mas os times aqui de Goiás não estão numa fase muito boa, né? O Vila Nova está até bem, lutando para subir, mas o Goiás…

Adolfo Campos – Outro dia eu comentava com um grande comunicador, o Deputado Federal por Goiás, o Sandes Júnior, o seguinte, o Goiás não está dando conta de nos representar. Quando eu era criança em 73, o Goiás estrou no campeonato brasileiro, primeira divisão, empatou com o Olaria, time pequeno lá do Rio, em 0 a 0, mas quando foi na quarta-feira no estádio olímpico aqui em Goiânia no centro, ganhou do Flamengo por 1 a 0, gol do Lincon, grande artilheiro. O Goiás sempre foi primeira divisão, que agora virou série A e o Vila Nova em 79, jogou com o Goiás nessa primeira divisão, o Vila foi da primeira, não série A, aí pegou o Goiás e ganhou de 3 a 1, com quase 60 mil pessoas no Serra Dourada, esse público não existe mais. Desses times atuais que disputam a série B, o Vila é um dos mais antigos, porque o Ceará era, mas subiu, então o Vila lidera o campeonato, está bem, mas manter isso é o que não é fácil e o Goiás decepciona. O Goiás foi eliminado da Copa do Brasil e dos quatro jogos na série B não ganhou nenhum, o Goiás então até esse momento tem que se cuidar, tem que se tocar, o Goiás tem mais dinheiro e menos competência, o Vila menos dinheiro e tem provado, querendo ou não, tem provado que tem mais competência.

Observatório – Se o Goiás não tomar cuidado, não vai ter mais nem dinheiro, porque a cota vai diminuir se ficar na série B ano que vem, não é?

Adolfo Campos – O Goiás eu tenho dados assim, ele ganhava da TV Globo, 42 milhões por ano, ele veio para a Série B e não caiu isso, só que ele está há 3 anos consecutivo na B, o dinheiro veio pela metade, 21 milhões e em dezembro termina o contrato com a Globo. Se o Goiás subir para a série A, a Globo vai fazer um negócio muito melhor para ela mesmo e para os clubes, aí o Goiás se voltar vai renovar por muito mais do que 42 milhões, mas se continuar na série B o Goiás está lascado, porque aí faz um contrato de digamos 6 ou 8 milhões. Como vai subir o valor para a série A, talvez suba também para a B, então quem tinha 42, caiu para 21, até dezembro 21, aí o Goiás dá um pulo, vamos chutar, ele pode renovar aí por uns 55, 60 milhões ano ou pode na série B, fazer 6 ou 8 milhões, olha que loucura, com dinheiro eles tem tido problemas, imagina sem dinheiro.

Observatório – Vão ter mais problemas ainda…

Adolfo Campos – Então eles têm que se tocar. E eu defendo todo dia, nas rádios em que trabalho e na TV Serra Dourada, no Jornal do Meio Dia, campeão de ibope, que dinheiro é uma coisa, competência é outra totalmente diferente.

Observatório – E a gente percebe que se estilo é contador de história, né?

Adolfo Campos – Contador de história, um dia veio uma pessoa que eu gostei de conhecer aqui, o Paulinho Gogó e ele disse: “Quem não conta história, tá lascado”, então eu penso assim também.

Observatório – Quem não tem dinheiro, conta história… (risos)

Adolfo Campos – Eu não tenho nada, então eu estou contando história. Mas é verdade, a vida é mais ou menos isso, brincadeiras a parte, no rádio e na TV que está todo mundo um pouco mais leve, em jornal impresso, eu tenho um blog na internet, aí se você conta história com simplicidade as pessoas aceitam, mas nenhum de nós tem que se achar: “Está todo mundo gostando”, todo mundo nunca, isso não existe, uma parte gosta, outra não e uma metade tolera.

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