Engana-se quem pensa que, após deixar a bancada do principal telejornal do país, o Jornal Nacional, a jornalista e apresentadora Patricia Poeta deixou de manter hábitos essenciais para o aprimoramento da profissão, como a leitura diária de jornais.
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Ao lado de seus colegas de trabalho do É de Casa, a ex-âncora do JN e Fantástico precisa ficar atenta aos principais acontecimentos do Brasil e do mundo por conta das inserções que o departamento de jornalismo da emissora têm feito com maior intensidade nos últimos tempos por conta de atentados, manifestações e desastres.
Deixando um pouco de lado o factual, pelo canal GNT Poeta esteve à frente do Caixa de Costura, reality show focado em moda que conta ainda com dois jurados do ramo. Uma segunda temporada da atração já está sendo pensada para meados de 2018.
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Um dos diferenciais da atração do canal por assinatura é justamente mostrar ao público o contexto histórico da moda, no quadro Enciclopédia Fashion, os assinantes têm a oportunidade de conhecer, por exemplo, que a moda sustentável existe desde os anos 40, que o xadrez é um ícone da cultura pop, entre outras dicas, assim como o É de Casa procura fazer com os assuntos abordados nas manhãs de sábado da Globo.
Em entrevista exclusiva ao Observatório da Televisão, Patricia falou sobre as duas atrações que comanda, do seu estilo frente às câmeras, dos bastidores do É de Casa, dos tempos de bancada no JN e outras atrações da Globo: “Acho que qualquer jornalista que trabalha ou trabalhou com hard news tem que saber lidar sob pressão”, revela a apresentadora que já foi correspondente e no É de Casa ainda ajuda a conduzir pautas mais quentes.
Confira:
Você entende tudo sobre moda? Buscou em livros, filmes, documentários inspirações para comandar a atração no GNT?
Não entendo tudo sobre nada, mas como todo jornalista um pouquinho sobre tudo. (risos).
Na época em que era correspondente do Fantástico em NY cobria os desfiles. E gostava muito de fazer isso. Não me preparei nos últimos meses pra comandar a atração, mas sim ao longo da vida. Moda é um assunto que sempre me interessou. Gosto de me atualizar lendo livros e revistas; acompanhando sites e conversando com amigas que são do ramo. Outra coisa que curto bastante toda vez que viajo pra um país diferente é garimpar peças que tenham uma estética local. Porque moda, acima de tudo, é cultura.
Você sabe lidar sob pressão?
A gente vai aprendendo… (risos). Acho que qualquer jornalista que trabalha ou trabalhou com hard news tem que saber lidar sob pressão porque as notícias acontecem de repente e o jornal inteiro que estava prontinho muda de uma hora pra outra. Quantas vezes isso já não aconteceu comigo?
O que você jamais usaria no seu dia a dia?
Como adoro moda, procuro ser aberta a tendências e estilos. Digamos que tenho boa vontade com o novo… (risos). Às vezes, demoro um pouco pra me acostumar com a ideia, mas estou sempre pronta pra experimentar…
Três peças que não faltam no seu guarda-roupa?
Jeans básico, acessório nada básico, (risos), sapatos dos mais variados. Adoro um mix de estilo high and low, sempre um básico com um arrojado. E sou apaixonada por acessórios também. Acho que eles dão uma atualizada no look de uma forma muito interessante. Como dizem por aí as roupas são as letras e os acessórios são as vírgulas, os pontos.
Como é a sua rotina por conta do É de Casa?
Não posso dizer que tenho uma rotina porque numa segunda-feira posso ir gravar uma entrevista em São Paulo, na terça numa casa no interior do Paraná, por exemplo.
A única coisa certa é a nossa reunião de pauta na quinta que é quando discutimos sobre assuntos que podem ir ao ar nos futuros programas. É também na quinta que acontece a nossa famosa “reunião de espelho”. É nela que batemos o martelo e combinamos como será o programa do sábado daquela semana (como queremos abordar um determinado tema, o que teremos de ação, dinâmica na nossa casa ao vivo – e quem serão os nossos especialistas e entrevistados). É bastante coisa! Afinal, são três horas de produção. Na sexta, idem. Mais decisões e a preparação para o programa do dia seguinte. Aí no sábado, você já imagina, né?!… (risos) Meu dia começa bem cedo. Acordo 4 e meia da manhã. Às 6 já estou no Projac… Eu e toda a equipe já preparando “a casa” pra receber o nosso telespectador.
Ainda mantém o hábito de ler jornais e revistas para se manter informada por conta dos tempos em que apresentava telejornal?
Claro! Esse hábito jamais vai embora.
Como foi a experiência de cobrir a Ana Maria Braga no Mais Você?
Foi muito bacana. Uma responsabilidade e uma honra ao mesmo tempo.