No ar em trama bíblica da Record, Gil Coelho diz que público pede que ele dê uma chance a Jesus

Publicado em 01/10/2018

O trabalho de Gil Coelho, 31, na novela Jesus (Record) tem rendido comentários engraçados nas ruas. O ator, que interpreta Tiago Justo, irmão do protagonista, diz que o público pede que ele dê recados a Jesus e torce para que os dois se aproximem na trama.

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“Muita gente gosta da novela. Até quando sou parado na blitz o pessoal fala: ‘Pô, dá uma chance a Jesus!”, conta ele, aos risos. Isso porque Tiago não acredita que Jesus (Dudu Azevedo) seja de fato o Messias.

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Gil revela também que conhecia apenas o básico da história da bíblia e desde que começou a estudar para o personagem, passou a trazer um pouco dele para sua vida pessoal.

“Tiago me acessou no lugar da calma, do genuíno, da ingenuidade”, afirma.

(Des)Encontros

Antes de ingressar no elenco da trama da Record, Gil Coelho viveu Rafael, um dos protagonistasda série (Des)Encontros. Ele é um que baterista vive um relacionamento não assumido com o arquiteto Felipe (Ranier Cadete). O sentimento do casal é colocado à prova com a chegada de um terceiro membro, Marina (Jaqueline Sato). A partir daí, os dois precisam tomar algumas decisões sobre o relacionamento. O episódio foi ao ar no Canal Sony em agosto.

Antes de Jesus

Gil conta que foi ele mesmo quem escolheu seu personagem. O diretor da série, Rodrigo Bernardo, o deixou à vontade para optar.

“O Rafael era mais desafiador por causa da bateria, e é um personagem cada vez mais importante no século 21. Estamos vivenciando as coisas de uma forma muito linda. Fiquei com muita vontade de representá-lo.”

Confira o bate-papo na íntegra:

A maioria dos atores da novela Jesus disse ter sofrido uma transformação pessoal com seus personagens. Isso também aconteceu com você?

Eu não conhecia muito a história da bíblia. Conheço a história tradicional que todo mundo sabe. E eu tive mais acesso a essas histórias. Ganhei uma bíblia e li para entender mais o personagem. Você acaba sempre levando um pouco do personagem para a sua vida pessoal e o Tiago me acessou no lugar da calma, do genuíno, da ingenuidade.

Você desenvolve a sua espiritualidade de alguma forma?

Eu confio em Deus. Não tenho uma religião. Desenvolvo a minha espiritualidade. Gosto muito de oferecer amor para as pessoas e tratá-las bem. Acho que isso sempre volta para a gente.

Tem alguma cena da novela que foi especialmente desafiadora ou que te emocionou muito?

Teve uma sequência em que o personagem do Giuseppe [Oristanio, que interpreta José Arimatea) queria muito que eu casasse com a filha dele, Deborah (Manuela Llerena). Eu li a cena e pensei: tem que ter um pouco de humor aqui. E eu amo fazer humor. Foi muito divertido. Rendeu muitos comentários na internet e o elenco todo gostou bastante.

Público

O que o público tem falado para você?

Muita gente gosta da novela. Até quando sou parado na blitz o pessoal fala: ‘Pô, dá uma chance para Jesus!” [risos]. Tiago não acredita que ele seja o Messias. Também dizem que a Deborah é uma boba e está me enganando. Ou então pedem para eu falar com Jesus para ajudá-los em alguma coisa.

Rolou uma polêmica com grupos religiosos e você já se posicionou. Você acha que esse tipo de coisa acontece porque muita gente não sabe como funciona a divisão de trabalho em uma novela?

Existem várias cabeças pensantes na realização de uma novela: autora, atores… Muita gente. E ao mesmo tempo que é uma história baseada em fatos reais, é uma ficção também. [….] Como não tenho uma religião que eu conheça a fundo, me baseio pela história que estou representando. Então é uma coisa que não sei nem opinar.

Marrocos

Suas redes sociais estão cheias de fotos das gravações no Marrocos. O que você tem de lembrança boa de lá?

De 15 dias que fiquei lá, gravei 3. Então, ficava eu e o Ernani Moraes (Nicodemos). Quase chamo ele de pai. Ele não tem filho homem que eu saiba e eu não tenho pai, então a gente praticamente se adotou. E ele é um cara que ama estudar, então estou sempre na casa dele. Criamos muito dessa amizade lá no Marrocos. E isso foi muito importante para a novela porque às vezes a intimidade que se cria fora de cena melhora também a qualidade do trabalho. O Marrocos foi uma espécie de vivência com a galera. Foi muito legal.

Camelo

Foi a primeira vez que você andou de camelo?

Sim! [risos] Fomos em Ouarzazate. Lá é onde foram feitos grandes filmes hollywoodianos. Me senti um ator de Hollywood.

Você conhecia o Dudu fora do trabalho?

Só de vista. Mas criamos uma amizade muito bacana. Ele é um ser humano maravilhoso. É um homem decente. Um cara muito especial. E ele está mostrando muito da paz que ele tem com esse personagem. Ele está arrasando. Ele está com um olhar sereno, puro.

(Des)Encontros

Como chegou até você seu personagem em (Des)Encontros?

Eu estava viajando de férias com a minha irmã e queriam conversar comigo sobre a série. Quando cheguei, encontrei com o diretor [Rodrigo Bernardo]. Ele disse que eu podia escolher qual personagem eu queria fazer, e eu escolhi o Rafael, que era mais desafiador por causa da bateria, e um personagem cada vez mais importante no século 21, em que estamos vivenciando as coisas de uma forma muito linda. Então fiquei com muita vontade de representar ele.

E o público?

Recebo muitas mensagens na internet. As pessoas dizem muito que é lindo eu estar representando o Rafa. Ele é um cara que tem muito amor. Acho que não tem diferença, sabe. Acho que o Brasil ainda tem um pouco de preconceito.

Mas parece estar diminuindo… Não acha? O casal Luccino e Otávio de “Orgulho e Paixão”, que terminou na semana passada, não recebeu tantas críticas, segundo o autor da trama.

Quando fiz A Lei do Amor (2016-2017, Globo), na faixa das 21h, O Wesley também era um personagem homossexual. Ele tinha uma filha e se apaixonou por um homem, que faleceu, e aí começou a se relacionar com outro homem. Ali a relação já foi vista de uma forma mais natural, até porque é normal, né. E eu acho ótimo. Tem que ser cada vez mais abordado mesmo. Não existe diferença nenhuma.

Tiago e Rafa são dois personagens quase antagônicos, né? Em algum momento você teve que lidar com os dois ao mesmo tempo?

Não. Tiago chegou dois dias após o fim do meu contrato com a série (Des)Encontros.

 

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