Monique Alfradique avalia sua personagem de Deus Salve o Rei: “Muito diferente de tudo o que já fiz”

Publicado em 19/03/2018

Reconhecida por diversos papéis no teatro, no cinema e na televisão, Monique Alfradique tem pela frente mais um desafio na Globo. Ela interpreta a Glória, de Deus Salve o Rei. A personagem é obesa, oprimida pela mãe e tem sérios problemas de auto-estima.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, a atriz contou detalhes do papel, inclusive, sobre a preparação antes do início das gravações. Glória vai usar enchimentos, o que exige uma postura diferente da atriz. Tudo isso é parte da composição da personagem.

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Ainda no bate-papo, Monique Alfradique revela quando foi convidada para participar da novela das 19h e, ainda, explica como enxerga o feminismo na atualidade. Confira abaixo.

Você está loiríssima não é?

Sim, para Deus Salve o Rei.

Você está vivendo uma personagem que usa enchimentos, e tem vários problemas emocionais. Como tem sido?

É muito interessante. A Gloria é um presente, uma personagem muito diferente de tudo o que já fiz. Uma menina com baixa autoestima, oprimida pela mãe, que é interpretada pela Betty Goffman. É a minha primeira novela de época e tem sido bem bacana.

Você foi chamada no meio da novela? Como foi isso?

Não. Eu já sabia que iria participar. Já era conversado desde julho do ano passado. Já sabia sobre a novela e sobre a personagem. Acho que para o público é que foi uma surpresa (risos).

Como foi a preparação para a trama?

Eu tenho meu preparador e como tenho que usar o enchimento para compor a personagem, a postura muda justamente para absorver isso, para quando entrar em cena eu estar focada em outras coisas que não sejam só os textos. Tive uma preparação corporal, e um cuidado com junto com a direção para apresentação da personagem. Como é uma novela de época não dá para improvisar o texto, temos que seguir tudo à risca.

Você também está com um programa no ar no Multishow?

Eu fiz a primeira temporada de A Vila, que está reprisando atualmente.

A Gloria, sua personagem em Deus Salve o Rei tem um sério problema de autoestima, você já viveu algo assim?

Tenho que ressaltar que autoestima não é só em relação ao peso, é tudo, é você se sentir bem com você mesma independente de peso, cabelo ou qualquer outra coisa. Às vezes a pessoa tem uma baixa autoestima sem motivo, todo mundo tem dias que não se sente plena. Quantas vezes colocamos várias roupas e nada fica legal? A Gloria tem um agravante de se ver distorcida, a imagem que ela enxerga é sempre para mais. Se ela estiver gorda, ela se vê mais gorda, se acredita que esteja feia, ela se vê muito feia e isso é um problema.

A mulher do Tiago Leifert escreveu um livro chamado Fazendo as Pazes com o Corpo, em que ela conta que tinha uma visão parecida com a da Gloria…

Acho que o principal é se aceitar, independente de como você é. A comparação com os outros é muito perigosa, e cada um tem seu jeitinho único. Você tem que achar a melhor maneira de ser feliz do seu jeito.

Fala-se tanto de feminismo mas continuam com as comparações e cobranças principalmente em relação à mulher…

Outro dia me pediram para falar sobre o estilo, e perguntaram “Em qual estilo a pessoa mais vai arrasar?”, e respondi: “A pessoa vai arrasar com o estilo que ela escolher”. Para você pode ser cafona, muito curto ou qualquer coisa assim, mas para a pessoa que está vestindo, ela estará feliz. Aceitação vem antes de qualquer coisa e isso flui, energiza para os campos da sua vida, tanto profissional quanto pessoal.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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