“É uma maconheira”, revela Marisol Ribeiro sobre novo personagem em série da Fox

Publicado em 28/11/2016

Com um papel de destaque na trama bíblica da Record, a atriz Marisol Ribeiro, a Acsa de A Terra Prometida, fala sobre a futilidade de sua personagem e novos trabalhos na TV. Em breve, pela Fox, ela se junta aos atores Rodrigo Pandolfo, Diogo Vilela, Françoise Forton e grande elenco na série Não Vem Que Não Tem.

Sobre a sua nova personagem ela dispara: É uma maconheira, completamente ausente, que entra em um relacionamento casual com o personagem do Rodrigo Pandolfo, e acaba desestruturando um pouco o ambiente familiar.

Marisol coleciona passagens pela Globo, na novela América, SBT, em Marisol, e na Record fez também uma participação especial em Os Dez Mandamentos – Segunda Temporada. Agora, a atriz também se dedica à literatura.

Confira entrevista com a atriz:

A sua personagem – a Acsa de A Terra Prometida – sofreu uma reviravolta na trama. Perdeu um dos prováveis maridos, Gibar, rejeitou Otniel, passou a gostar de um servo, Bogotai, mas agora se vê apaixonada por Otniel, que a rejeita. Como analisa todas essas mudanças na personagem?

Vejo dentro do ciclo humano de provações que é evolutivo. A Acsa precisou sair do “vício” da arrogância, se sentir rejeitada para enxergar o amor próprio. Acho que ela é grata ao Otniel por tudo o que ele a fez enxergar. É tão humano.

Como é dar vida a uma mulher mimada e fútil levando em conta o contexto histórico?

Acredito que os sentimentos são atemporais. Sendo assim, toda a questão é mais sobre as raízes das tradições que estão sendo expostas em uma novela bíblica. Tento trazer o mais próximo possível da nossa realidade e não julgar os valores. Tenho respeito por toda psique que representamos ali.

Como se preparou para a novela? O que mais te surpreendeu durante o processo de estudos? 

Tivemos alguns workshops e palestras. Também vi filmes bíblicos para entender o modo orgânico de fazer algo que se passou há mais de dois mil anos. A história das tribos é um enredo lindo. Cada tribo com sua particularidade, singulares em seu modo de vida e, ao mesmo tempo, tão complementares. Isso me surpreendeu. 

Já tinha feito tramas de época? 

Não, é a primeira vez.

Em breve você também vem com a série Nem Vem Que Não Tem, da Fox. O que pode adiantar? 

Humor é uma delícia de fazer. A personagem da série é uma maconheira, completamente ausente, que entra em um relacionamento casual com o personagem do Rodrigo Pandolfo, e acaba desestruturando um pouco o ambiente familiar. Foi engraçado de fazer.

Além da TV você tem investido em outras áreas como a literatura. O mercado não é nada fácil. Mas como surgiu a ideia de escrever um livro? Quais autores você mais gosta e um livro inesquecível? 

Escrever é um ato de coragem. É libertador. É algo poderoso e não tive escolha. Escrevo desde sempre e depois de alguns amigos lerem eles sempre me questionavam: “Por que você não publica?” ou “Tem que publicar!”, resolvi fazer isso.  O “Marfim”, meu primeiro livro, é um acoplado de memórias, poemas e contos que mantive comigo por anos. Acrescentei alguns outros recentes e percebi que a obra fala sobre memória e a morte dela e no peso que carregamos por nos apegarmos a certas lembranças. A identificação do passado como uma verdadeira construção determinista da sua personalidade e a liberdade de se permitir esquecer. Deixar estar… Por isso, o nome Marfim. A extração do Marfim é algo tão brutal, uma lógica torta! Parte da renda será doada à preservação dos elefantes, esses seres mágicos, lindos, de memória super dotada e que carregam em si uma joia que só a eles pertence. Como pode uma parte tão íntima se tornar um fardo por estar exposta? O livro é um pouco sobre isso. Meus autores favoritos são Paul Auster, Patti Smith, JD Salinger, Letícia Wierzchowski, Paula Gicovate e Matilde Campilho. O livro inesquecível se chama “Jóquei”, da Matilde Campilho, é algo raro no mundo.

A literatura é algo muito presente, sempre. Tão presente que também estou lançando agora um site com um box por assinatura de experiências literárias e artísticas. Todos os meses enviaremos um livro que aguce os sentidos dos leitores  e um pôster inspirado na literatura. “Desobedientes” é um jardim para a minha criatividade.

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade