Marcos Pitombo afirma sobre seu personagem de Orgulho e Paixão: “Rômulo é um playboy do Vale do Café”

Publicado em 22/03/2018

Marcos Pitombo já pronto para fazer sucesso de novo em outra novela da Globo. Depois de encantar os telespectadores com o Felipe, de Haja Coração (2016), ele será, agora, Rômulo, em Orgulho e Paixão, nova novela das 18h.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, o ator demonstrou estar completamente por dentro do texto da trama. Ele, inclusive, explicou como foi realizada a adaptação das obras de Jane Austen. Além disso, Pitombo conta detalhes do personagem, que estará envolvido em um mistério, e fala sobre espera em relação ao público. Confira.

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Como é participar de uma novela protagonizada por grandes mulheres?

“A novela está incrível, é uma novela linda, que fala, principalmente, do empoderamento feminino. Ela tem uma espinha dorsal que é uma obra literária chamada ‘Orgulho e Preconceito’, que se trata de uma mãe querendo casar as cinco filhas. Mas quando a gente vê na prática, a gente vê que essa vai ser uma novela que vai falar de mulheres fortes, cada uma se colocando em um lugar no mundo, cada uma se relacionando de uma forma e de uma cor diferente. Eu acho que ela cabe muito bem num discurso muito bacana, que hoje em dia a gente vem falando que é sobre o empoderamento feminino. E sim, a mulher pode ter o seu lugar no mundo, buscar sua profissão, ter salários iguais e ser dona da sua própria história.”

Quem é o seu personagem, o Rômulo?

“O Rômulo é um playboy do Vale do Café, que, até então, não tinha encontrado o grande amor da vida dele. Ele vem de uma família que vive na Mansão do Parque, um tanto que misteriosa: o pai, que é o Oscar Magrini (Tibúrcio), e a mãe, que é a Christine Fernandes. Essa mãe foi assassinada, sumiu, então, tem um mistério no ar. É uma mansão cheia de mistérios. Ele começa a se relacionar com a Cecília que é uma das filhas do Benedito, muito ligada a romances e histórias fantasiosas. Então, ela num misto de excitação, medo e mistério, começa a procurar essa Mansão do Parque e eles começam a se relacionar. E a partir daí, começa uma história muito bonita, porque o Rômulo, que, até então, nunca tinha encontrado um verdadeiro amor, embarca nesse mundo da Cecília e eles começam uma linda história.”

O Rômulo vai ser considerado um príncipe?

“É engraçado, porque hoje em dia, a gente vê, até pelos desenhos da Disney, que o príncipe encantado não é mais tão encantado assim, as princesas são empoderadas. Eu acho que o Rômulo é um cara daquela época, não posso dizer simples, mas, enfim, é um cara normal e que acaba descobrindo um grande amor. E sim, a partir daí, começa a viver uma coisa romântica muito bonita com a Cecília.”

Como surgiu o convite para integrar o elenco de Orgulho e Paixão? Você ficou um pouco afastado da TV, foi proposital?

“Eu fiz alguns projetos em cinema. Eu fiz um filme com o Murilo Rosa, chamado ‘A Cabeça de Gumercindo Saraiva,’. fiz uma outra obra literária também, ‘Noite de Almirante’, do Machado de Assis. Fiz alguns outros projetos e veio essa novela. O Fred, toda equipe, por conta do trabalho bacana que a gente fez em ‘Haja Coração’, me introduziu e meu nome foi muito bem aceito, e graças a Deus, deu tudo certo.”

A sua parceria com o Fred Mayrink deu tão certo que “Shirlipe”, shipper criado para o seu personagem Felipe e a Shirlei, da Sabrina Petraglia, acabou meio que virando o casal principal em ‘Haja Coração’. Tem essa expectativa também do Rômulo e a Cecília roubarem a cena?

“Sabe o que é curioso? Para mim e para a Sabrina Petraglia, que fizemos o casal ‘Shirlipe’, foi um trabalho de muita felicidade, mas na prática, não houve uma mudança. A gente tinha o mesmo número de cenas dos outros núcleos, a gente tinha o mesmo lugar na história que a gente sempre teve. Eu discordo de que a gente roubou a cena e que a gente virou o casal protagonista.”

A torcida do público nas redes sociais ajudou a passar essa sensação de casal protagonista?

“Eu acho que as torcidas eram bem fervorosas, e é muito bonito a gente acompanhar, ver isso, e é de uma extrema felicidade que a gente viveu. Mas na prática, a nossa história continuou no mesmo rumo que sempre foi. Eu acho que o objetivo nessa novela agora também, é fazer um trabalho muito bonito, que roube o coração do telespectador e nunca roube a cena. Eu acho que a gente está fazendo uma história muito bonita que quer tocar o coração das pessoas. A gente fala de um amor verdadeiro, um amor possível num mundo de hoje, que é tudo tão efêmero, tudo tão rápido, tão descartável. A gente fala na prática, através desses personagens, de uma história bonita de um amor verdadeiro, e eu acho que é essa a nossa missão como artista: tocar os corações das pessoas e mostrar um caminho legal para ser seguido.”

Na trama, existe o mistério do assassinato da mãe do Rômulo. Há uma possibilidade do seu personagem ser o assassino?

“Eu acho pouco provável, porque ele tem uma relação muito bonita com a mãe. De fato, é uma coisa muito misteriosa, não foi encontrado o corpo dessa mãe. Ele sofre muito com a perda dessa mãe, cresceu sem a mãe, e ele é um cara muito solitário, talvez por isso, ele se identifique com a Cecília, ele entregue o seu coração para ela. Ele é um cara que apesar de ter uma boa vida, uma boa família, ele cresceu muito solitário, e esse pai que ele tem, o Oscar Magrini, vai entrar em conflito com ele, justamente por isso, porque ele não vai querer ser deixado sozinho.”

A sua trama é como se fosse uma telenovela dentro da obra, né?

“A espinha dorsal da novela é ‘Orgulho e Preconceito’, só que para dar mais caldo para a novela e para dar mais riqueza para os outros personagens, o Marcos se baseou em outros contos da Jane Austen para compor e criar esses personagens, ser o ponto de partida da história. Então assim, temos as cinco irmãs: Elisabeta vem de Orgulho e Preconceito, a Cecília, que é a minha pretendente, vem de A Abadia de Northanger, a Mariana é Razão e Sensibilidade; Jane de Orgulho e Preconceito; e a Lídia também de Orgulho e Preconceito. A Ema vem de outro romance, que é Emma. E eu digo mais, a Fani (Tammy Di Calafiori) que é a governanta da minha casa vem de outro conto. O autor, o Marcos (Bernstein) foi muito generoso, até na hora de batizar os personagens. O meu personagem que é o Rômulo, na verdade seria  Henrique, ela (Cecília) seria Catarina, mas por conta de outros personagens na grade, eles acabaram mudando o nome. É muito bonita essa reverência a obra literária da Jane Austen, que é o nosso ponto de partida.”

Você está preparado para as críticas positivas e negativas que irão surgiu ao longo da trama?

“Eu acho que todo ator tem que estar preparado para qualquer tipo de crítica. Se tratando de uma obra literária tão forte, de uma história literária tão bonita, claro que já existe público, existe fãs. Mas o nosso trabalho está sendo feito com tanto amor, tanto carinho, tanto brilho, que eu tenho certeza que todo mundo vai gostar.”

* Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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