Klebber Toledo fala sobre a carreira e diz que falta investimento no Brasil: “O teatro está no soro”

Publicado em 16/07/2019

No ar como o Patrick de Verão 90, trama das 19h de Izabel de Oliveira e Paula Amaral, que está na reta final, Klebber Toledo conversou com o Observatório da Televisão sobre os mais de 10 anos de carreira e os próximos desafios profissionais.

“No Brasil você não pode cantar, você é cantor não pode atuar. Somos seres humanos completos. Eu tenho prazer de dirigir, de produzir. Eu adoro mexer com luz. É um prazer que eu tenho. Tem coisas que eu gosto e que não vejo tanto no Brasil. Com a minha produtora, estou fazendo uma das coisas que eu mais gosto que é produzir, gerar emprego, gerar cultura”, analisou o famoso.

O artista elogiou Afonso Poyart, diretor de Ilha de Ferro, seriado do Globoplay. “Ele tem umas coisas que eu gosto muito e não vejo tanto. A velocidade, a ação… O drama existe, as tramas são densas… A ação existe, mas não fica raso. Busco coisas com mais potência”, apontou o ator, que interpretou um vilão na atração.

“Foi um dos [papéis] mais marcantes por alguns motivos. Foi meu primeiro vilão assassino. Fiz vilões mau caráter, desequilibrados. A história é muito boa. Dois irmãos que se amam e se odeiam”, destacou, contando ainda sobre os novos projetos.

“Sai de Êta Mundo Bom e só fiz séries [A Fórmula, Cidade Proibida]. Tenho filme pra lançar este ano. Eu gosto de ser desafiado”, falou, citando a possibilidade de carreira no exterior. “O legal é ser desafiado, se for no Brasil ou fora do Brasil isso não importa. Se for para fora do Brasil, eu espero levar produtos brasileiros e não só absorver o que tem lá fora!”, refletiu.

A arte no Brasil

Klebber elogiou as produções brasileiras e destacou que falta investimento. “O teatro brasileiro está no soro. Empresários brasileiros, ajudem. [O teatro] Não vai morrer, porque não vamos deixar. Eu não deixo morrer, por exemplo, se preciso for. Mas o teatro está no soro!”, enfatizou.

“Se não tiver investimento, a gente não consegue atingir a excelência. Sem dinheiro a gente não consegue fazer o que faz e ser reconhecido lá fora por isso. Imagina se rolasse esse investimento todo. A Lei Rouanet não é ruim, não é uma coisa banal. Mas, tem que prestar conta, tem que fiscalizar! A cultura está aqui para pensarmos quem nós somos, de onde a gente veio, para onde a gente vai… Acho que é isso”, opinou.

Em novembro, Klebber Toledo irá retomar o musical sobre a trajetória de Isaura Garcia, diva do rádio brasileiro, em São Paulo. 

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