
Prestes a voltar para as novelas em O Sétimo Guardião, próxima novela das nove da TV Globo, a atriz Josie Pessoa, que está longe da TV desde Império, promete causar com sua personagem. Luciana será uma prostituta dominatrix, uma mulher que exerce o papel de dominadora, sente prazer em guiar e dominar alguém. Josie revelou que precisou fazer algumas mudanças no seu visual e está achando incrível viver um mulher que faz parte de um universo totalmente diferente. Confira:
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Fala um pouco sobre a sua personagem?
A Luciana é uma das meninas do bordel da Ondina (Ana Beatriz Nogueira). Ela tem jornada dupla, de dia ela trabalha na pousada e a noite ela dá ponto no cabaré. Ela é uma mulher super forte e decidida, ela assume a posição de dominatrix no cabaré e eu acho ótimo poder falar sobre isso, porque essas mulheres sofrem tanto preconceito. Primeiramente essas mulheres tem tanta vergonha de falar sobre isso e não tem nada ver com agressão, tem a ver com prazer e é tudo um consenso. É um universo totalmente diferente.
Como veio o convite para você?
O Aguinaldo eu não tenho nem palavras para descrever. Ele entrou na minha vida através do trabalho mesmo e foi assim, começou com Fina Estampa que foi o meu primeiro personagem e ele falou que eu estaria na próxima novela dele, agora enfim estou nessa novela maravilhosa fazendo a Luciana.
Mudança no visual
Você já se acostumou com esse cabelo loiro? Já tinha usado antes essa cor?
Eu nunca tinha usado tão loiro, mas eu sou dessas que acredita que o corpo do ator é um instrumento de trabalho, então tem que mudar. Mas acho que cada personagem tem que ter o seu cabelo, o seu corpo. Também fiz uma dieta, perdi uns sete quilos. Porém, acredito que por volta do capítulo vinte, tem mais uma mudança radical no visual da Luciana e aí sim eu vou enfim ficar de um jeito que nunca me vi. Tem a ver com o cabelo, a Deborah Secco está aí linda e maravilhosa e eu sou fã.
Quando você ficou sabendo que a personagem seria uma dominatrix, que tipo de pesquisa você fez?
Eu achei incrível e fiz tudo. A princípio, eu conversei com mulheres dominatrix e frequentei sites que falam disso. Mas também comecei a aprender a lidar com o chicote. É um fetiche que está em ser torturado, mas não é uma tortura, é mais o contexto e tem ainda os apetrechos. Tem chicote, algema e várias outras coisas. Na novela eu tenho um cinto de utilidades. O cabaré da trama foi criado do zero, em uma cidade que não tem internet e quase nada.
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Entrando no personagem
Você conseguiria viver sem internet e sem telefone?
Eu consigo poucas vezes. Quando eu viajo, vou para algum lugar que não funciona telefone, eu fico feliz da vida. Afinal é bom esse desprendimento. É bom você pensar que é um outro lugar essa cidade, sem essa comunicação tem muito mais diálogo.
Você acha que depois dessa personagem, vão e olhar de uma forma diferente?
Eu falo que quando eu fiz a Du e pintei o cabelo de vermelho, as pessoas já olhavam para mim de uma forma diferente. O loiro também dá uma mexida e junta isso com esse lado dominatrix dela, vai dar o que falar.
O que você tem em comum com a Luciana?
Acho que essa coisa de ser uma mulher firme. Nessa carreira de atriz, tem uma galera que eu comecei lá atrás que vai parando, vai desistindo e tem que persistir. Eu me considero uma mulher forte como ela e agora estou conhecendo o lado dominatrix da Josie.
*Entrevista feita pelo jornalista André Romano.