
Jayme Matarazzo viverá pela primeira vez um vilão, na novela Tempo de Amar, próxima trama das 18h, da Globo. O ator bateu um papo com nossa reportagem, e contou detalhes sobre seu personagem, Fernão. Leia:
Veja também:
Leia também: Nívea Maria explica sua personagem em Tempo de Amar
Como é o seu personagem em Tempo de Amar?
É diferente de tudo o que já fiz. É o meu primeiro personagem com registro de mau caratismo, e que beira a vilania. As pessoas podem esperar da nossa novela como um todo uma novela que fala de amor, e de todos os lados bons, ruins, difíceis e incríveis que o amor tem. Tanto o amor que acontece, como o que é interrompido. Acho que nos propusemos uma coisa tão linda nesse momento atual do mundo, porque ainda existe espaço para falar de amor. O amor não é só alegrias e meu personagem é justamente essa parte ruim.
Quais são as aspirações dele?
O ano é 1927, estamos no interior de Portugal, em Coimbra, onde meu personagem, o Fernão é um médico recém-formado. Ele é noivo da Maria Vitória (Vitória Strada) a quem ele foi prometido, porque as famílias sempre foram amigas, e ele pela primeira vez enfrentará uma rejeição ao descobrir que ela está apaixonada por outro cara. Como ele é ambicioso e não trabalha bem com a rejeição, ele surta, assim como todas as pessoas que são muito mimadas quando descobrem que não podem ter tudo.
Você é considerado um Tony Ramos mais jovem, porque sempre trata a imprensa com um respeito e educação ímpar…
Ah cara, acho que realmente tive uma educação da qual me orgulho muito. O que fazemos no trabalho é coletivo. Dependo de todo mundo. Não faço meu trabalho sem a imprensa, que está aqui para comunicar ao Brasil sobre nossa novela.
Como é ser dirigido pelo seu pai, Jayme Monjardim?
Nosso último encontro profissional foi muito bonito. Sete Vidas foi muito especial para mim, e guardo só boas lembranças. Somos dois profissionais muito sérios e empenhados, e nossa linguagem e conversa é muito simples. Faz com que nos entendamos muito bem.
Como foi a preparação para viver este personagem?
Fiz uma imersão na época. O grande barato aqui é atravessar um portal em que a gente se direcione. Eu me enchi de pesquisas que me remetessem para aquela época, além de praticar andar a cavalo, e aprender a mexer em armas, porque meu personagem mexe um pouco com isso. Pincelamos algo da medicina, apesar dele não gostar da profissão, mas a grande imersão foi mesmo na época. Se conseguirmos transportar as pessoas para aquele universo, a missão estará cumprida.
Como você administra o tempo agora com a vida de casado?
Eu acho que é possível administrar bem apesar de toda a loucura. A dica que posso dar aos atores que estão começando agora, é estudar. Às vezes passamos muito tempo aqui na Globo esperando para gravar, então usem esse tempo para estudar. Consigo ter meu final de sábado e domingo com minha esposa. Acho que esse personagem vai dar um trabalhão como outros mocinhos que já fiz. Independente de ser antagonista ou protagonista, o tempo é sempre o melhor amigo de um ator.
*Entrevista realizada pela jornalista Núcia Ferreira