Isabela Garcia será cúmplice do gato León em O Sétimo Guardião: “Estava doida para conhecê-lo”

Publicado em 10/10/2018

A atriz Isabela Garcia marca seu retorno para a Rede Globo em grande estilo. Fazendo pela primeira vez uma novela do autor Aguinaldo Silva, com uma personagem que vai movimentar a história principal de O Sétimo Guardião.

No folhetim Isabela será a intérprete de Judith, mulher do bem que trabalhará na casa de Egídio (Antonio Calloni), o guardião da Fonte Milagrosa, pai de Bruno Gagliasso e ex de Lilia Cabral. Ela também será mulher de Robério, personagem de Heitor Martinez. Em entrevista ao Observatório da Televisão ela faz um balanço de carreira, relembra seus maiores sucessos, fala da sua nova personagem e momento fora da TV. Confira:

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O Sétimo Guardião

“A novela é muito divertida, gostosa de fazer e de ler. Está sendo maravilhosa essa parte lúdica da novela, coisas que vão aparecendo e você não sabe o que é verdade e o que não é. Você vai fazendo e daqui a pouco você já esta acreditando em tudo como se fosse uma verdade. São coisas bem interessantes que existem nas novelas do Aguinaldo.”

Personagem

“A Judith trabalha na casa do Egído, que é o personagem do Calloni. Ela é o único personagem que sabe de toda a historia da fonte dos milagres e dos 7 guardiões. Ela sabe de tudo o que acontece entre eles. Ela é quem cuida do León, o gato, e ela é quem vai ter essa troca com ele em todos os momentos, desde o bicho até quando ele se tornar gente.

Ela leva esse segredo a ferro e fogo e se dispõe com muita gente. Ela é super fiel ao Egídio, ao segredo da fonte e ao León. Não abre isso nem para o marido, ela se fecha até descobrir quem dos guardiões está correto na história e quem não está, não quer saber nem do filho. Ela quer descobrir quem ali é do bem.”

Cenas com gato

“Eu adoro bicho, tenho gato e tenho cachorro. Antes de conhecer os gatinhos que gravam com a gente, eu já estava doida para conhecê-los. Quando eu conheci eu encantada, fiquei fechada brincando com eles, eu adoro. É diferente, tem que ter muita paciência, tem que estar disposto, é diferente mas eu gosto muito.”

Comunicação da personagem com o gato

“Quando começa a novela ela sabe da lenda que paira sobre a historia do gato. Ela começa a participar daquilo tudo da história. Eu acho engraçado, eu fico até sem saber como me portar. Eu acho que ela vai ser cuidadosa mas depois existe um segundo momento onde ela fica cuidando dele como algo mais sério e num terceiro momento vira uma relação de amizade e cumplicidade.”

Você passaria numa fonte da juventude?

“Não. Não é de mim isso. Eu tenho uma relação muito tranquila com isso de envelhecer. Tenho com a minha saúde, mas, com a aparecia não, ate deveria. Eu trabalho com a imagem, mas nem espelho eu tenho no meu quarto. Eu vejo se engordei se a roupa me aperta. Às vezes eu estou conversando com algumas pessoas -geralmente isso acontece no camarim- e elas ficam se olhando no espelho. Acho isso muito engraçado, porque eu não tenho isso.”

Robério (Heitor Martinez) e Judith (Isabela Garcia) em O Sétimo Guardião
Robério (Heitor Martinez) e Judith (Isabela Garcia) em O Sétimo Guardião (Divulgação/ TV Globo)

Parceria com Heitor Martinez

O marido dela é o Robério, jardineiro da casa, interpretado pelo ator Heitor Martinez, ela é a empegada da casa. A gente pensou muito nisso de relação, o Heitor e eu. Desde as leituras a gente vem fazendo um trabalho sobre isso, é difícil fazer essas conexões, não é do nada, não se faz uma novela assim. A gente já começa com um casamento que não dá, eles são duros um com o outro, é bem seco , ele também é grosseiro com ela.

Ela não é uma mulher boba, ela é justa e convicta. Apesar dela ser doce com Egídio e com o León, ela não é bobinha não. A gente ficou pensando como eles chegaram ai, serem casados tantos anos. Nós viajamos nas ideias, ator viaja para criar algo pra gente falar. Queríamos saber  se eles foram felizes antes, o que tiveram, se eles foram um casal legal um dia.

Achamos apenas uma fala, um dia, que falava assim: ‘Você mudou muito Robério’. Então, se mudou, é porque já existiu alguma coisa. Eu acho que ela o vê como um cara que foi mudando, e eles vão cada um para um lado porque não dá para segurar a onda com esse jeito dele de querer se dar bem.”

Construção da conexão com Egídio (Antonio Calloni)

“Nós todos fizemos leituras e foi um trabalho super legal. A gente tem muita experiência, são muito tempo que a gente trabalha com isso. Às vezes basta uma leitura para a gente construír aquela ligação. Mas essa coisa com o Heitor, a gente teve que criar algo, mas com o Edígio não, estava tudo ali então foi mais fácil.”

Tempo fora da TV

“Na verdade eu sai da Rede Globo em dezembro e voltei agora em Julho. Eu fiquei um bom tempo sem fazer novelas, fiz participação em Malhação. Em relação ao tempo fora, foi bom pois eu trabalhei muito tempo. Para quem trabalhou a vida inteira é bom. É um tempo que eu pude ficar com meus filhos, ficar em casa. Eu trabalhei quase 50 anos, eu tenho 51 anos, não me senti ruim, me senti bem.” 

Convite para O Sétimo Guardião

“Quem me convidou foi o Papinha, foi muito legal eu nunca tinha feito uma novela do Aguinaldo Silva. Está sendo maravilhoso.”

Balanço de carreira

“Eu sou daquelas pessoas que acredita que as coisas acontecem da forma que tem que ser. Eu fui muito feliz, gosto das coisas que eu fiz, gosto das coisas das quais as pessoas dizem que são importante como também gosto das coisas simples que eu fiz. Eu valorizo isso, gosto de trabalhar, gosto de estar com as pessoas, de vir para a Globo, gosto de estudar, da parafernália toda, da equipe, da gravação. Ninguém me vê reclamando, e eu fui assim a minha vida inteira. E tento colocar isso em quem está trabalhado comigo. Eu passo numa boa por tudo. Foi tudo muito legal e tem sido.”

Gilberto Braga

“Foi muito importante pra mim. Foi muito legal. Tem personagens muito marcantes, nem sempre foram personagens principais mas ficam no coração, como o de Bebê a Bordo, não era porque era um a protagonista, mas era uma personagem muito divertida de fazer, eu fiquei muito doente naquela novela, era muito pesada, quando eu me lembro era muito divertido. Os personagens do Gilberto são muito importantes, a gente aprende muito. Tem personagem que as pessoas gostam muito das novelas do Gilberto, mas, a que eu mais gosto é a Yolanda de Labirinto, e as pessoas nem se lembram muito. Os personagens dele são incríveis.”

Crises na carreira

“Nunca tive. Eu acho que hoje com as crianças é muito diferente, não que cobrem isso das crianças e dos jovens, mas, eles mesmo se cobram, o mundo também, tudo que é colocado como se elas tivessem que estar inseridas naquilo. Quando eu vejo uma criança fazendo novela com 5 anos, bombando, a criança fica ativa nas redes sociais, muitas vezes ela quer fazer aquilo, mas, muitas vezes também porque a criança sustenta a família.

São coisas que não tem como julgar. Mas, tem que ser pensado e visto com muito cuidado por todo mundo que está em volta disso, de como inserir essa criança ali e como saber levar e depois tirar. Uma criança, no caso, de 5 anos não vai perceber. Mas uma criança de 12 ou 13 anos fica um pouco órfã da fama. Tudo tem que ser feito desde o começo para tirar essa coisa da fama da cabeça das pessoas. Na questão de um jovem já é mais difícil, muitas vezes a pessoa já vem pronta para aquilo, já tem assessor de imprensa e, de repente, é isso que a pessoa precisa para chegar onde ela quer. To falando isso porque antigamente não era assim.

Meu pai era ator de rádio, e ele dizia desde sempre: “Isso aqui, é só isso, é só um emprego como um outro, não como qualquer outro, é tão legal como qualquer outro porque é muito legal. Muitas pessoas querem porque é muito legal. É muito difícil saber lidar hoje em dia, existe uma maneira melhor, mas tem que ser pensada.

Eu não sei se eu soube lidar, eu fui levada a perceber tudo isso, eu não sofri com isso. Não posso dizer que eu nunca liguei para fama pois eu sempre estive ali. Não que eu não valorize, mas es ou uma pessoa meio tímida, ninguém nunca me viu nessas coisas de capa de revista. Eu fugi muito disso, hoje em dia ninguém me procura para isso, mas eu nunca fui de ir muito a festas também.”

Personagem preferido

“Eu sou muito ligada a equipe, Anos Dourados era uma turma que não dá nem pra falar, somos todos amigos até hoje. Mas a Yolanda de Toledo de Labirinto era um personagem muito divertido de fazer, era leve, eu gosto muito de fazer comédia, você estuda mais tranquilo, eu prefiro isso do que àquele peso. Era uma comédia mas ela vivia um sofrimento também, ela queria a fama, queria aparecer, ela era rica, mas não conseguia nada. Sempre que acontecia uma grande manchete, ela se ferrava, eu optei por fazer uma coisa de verdade, foi muito gostoso, foi muito real. Era uma coisa assim, ela usava uma jóias, ficavam uns seguranças atrás, era uma brincadeira de criança. Era muito bom.”

 

 

 

 

 

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