“Ficamos com a sensibilidade em evidência”, diz Claudia Leitte sobre o The Voice Kids

Publicado em 28/11/2017

Claudia Leitte participou do The Voice Brasil durante cinco temporadas, e agora se prepara para assumir uma vaga como mentora na versão infantil do programa, o The Voice Kids que tem estreia prevista para janeiro, na Globo. A cantora contou em entrevista sobre as diferenças entre os dois programas e ainda revelou parte de seus projetos musicais para 2018. Confira:

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Como surgiu o convite para participar do The Voice Kids?

A gente é uma família! A equipe envolvida no The Voice Brasil, participa também do The Voice Kids. A estrutura é a mesma, assim como o diretor. Já havíamos conversado sobre essa possibilidade, e, eu, estava dentro, porque amo isso aqui.

E muda muita coisa do The Voice adulto para o The Voice Kids?

Eu achei que não mudaria. Mas minha experiência de 5 temporadas no The Voice Brasil, caiu toda por terra (risos). Ficamos com a sensibilidade em evidência. Eu fui uma criança que sonhava me tornar cantora, subia na mesa com a escova na mão fingindo estar num palco, e essas crianças estão ali com o mesmo sonho, não é nada fácil. É divertido, mas não é fácil.

Quais são os critérios usados por você para virar ou não a cadeira para uma criança?

Não tenho critério. Para ser sincera, sento na cadeira e peço a Deus que dê tudo certo, porque mesmo quando as cadeiras não viram, as crianças são sempre lindas, verdadeiras, e ensinam muito para todos nós. A maior lição do programa é não desistir dos sonhos, parece clichê, mas é a mais pura verdade.

Seus filhos estão no Brasil? Você vai trazê-los para os bastidores do programa?

Estão no Brasil, mas quando gravo eles estão na escola. Já, já, eles vêm. Eles querem vir porque assistem, adoram assistir, fazem até torcida.

Eles cantam?

Eu não incentivo, apesar de serem muito musicais. Davi é muito artístico, mas ele fala mais da construção cênica. Ele diz: “Mãe, olha o painel de LED”. Não sei se serão cantores, músicos ou trabalharão com isso.

Você e a Ivete trocaram de posição. Uma foi para o adulto e a outra veio para o Kids. Você acha que aumenta muito a comparação entre vocês no programa?

(Risos) Eu estava há cinco temporadas no The Voice, e tenho meu lugar. É muito especial estar aqui para mim. Essas comparações são coisas de vocês, ela e eu nem pensamos nisso.

Costumam criar rivalidade entre você e até mesmo entre outras cantoras. Você participou da festa da Anitta, que era justamente para acabar com isso. Você acha que vão falar sobre uma rivalidade entre você e a dupla Simone e Simaria?

Vão falar? Eu nunca pensei nisso (risos). Não tem nada disso pessoal. A gente é feliz pra caramba, somos abençoados por fazermos o que gostamos. Sei que algumas vezes os jornalistas querem furos de reportagem e acabam  criando essas coisas, mas não façam isso, porque aqui não rola. Mesmo quando querem colocar pimenta no nosso acarajé, a gente não aceita.

Você já conhecia as duas?

Conhecia da música, da vida. Aqui estamos mais próximas, Simone, Simaria, e “Siclaudia” (risos). Tem sido divertido demais.

Qual o seu segredo para não perder a concentração durante o programa?

Eu foco muito na criança. Somos muito divertidos, é muito fácil o baiano se perder na alegria, e alguém precisa olhar para o palco e chamar todo mundo de volta. Já me posicionei assim, porque a criança no programa é sempre o foco.

Você está completando 10 anos de carreira solo. Qual o balanço você faz dessa carreira exitosa?

Isso é sempre difícil. Já respondi essa pergunta 12 vezes, mas acho que amadurecimento, alegria, e gratidão são as principais palavras que definem essa estrada. São 10 anos de carreira solo, mas nunca estou sozinha.

E como foi 2017 para você?

2017 foi sensacional para mim, um ano de mudança e desconstrução artisticamente falando, o que foi super positivo. Já, já, irei apresentar para todos esse processo.

Como será seu 2018?

Concretização desse processo de mudança. Fiz um trabalho lá fora, nos Estados Unidos, e tenho minha carreira aqui consolidada. São 10 anos de dedicação junto a um público que reconhece meu trabalho e me levou a lugares onde nunca acreditei que chegaria, então, começar um trabalho lá fora é muito louco e difícil, mas foi poderoso para mim.

São influências novas?

Não são exatamente influências novas, são elementos que já me cercavam. Eu sempre trabalhei muito, e não tinha consciência que eu estava na minha zona de conforto. Fazia tantas coisas durante o dia, entrevista, ensaio, e acabei percebendo que mesmo não sendo uma rotina, tudo estava muito constante.

O que gerou esse seu start de querer mudar?

A vida! Eu só tenho consciência agora aqui falando com vocês, mas foi algo natural. Todo mundo enfrenta coisas novas que virão, e você escolhe: ficar na zona de conforto ou sair dela. Eu gosto de desafios.

E ‘Baldin de Gelo’ veio nessa onda de mudança? Porque você canta em português e espanhol, né?

Eu gravei em Espanhol a primeira vez em 2006, e o primeiro reggaeton que fiz foi 2007. Gravei inclusive com o Daddy Yankee, um dos cantores de Despacito há 2 anos, e as rádios não queriam tocar justamente pela música ser em espanhol. 1 ano depois, veio Despacito e todo mundo começou a dar mais atenção para a música latina.

Como vai ser seu ano novo?

Muito show, não sei datas e lugares. Agora começo uma maratona até o carnaval. Estou me preparando bem, comendo direitinho, temos as gravações do The Voice Kids até o início de dezembro, e retomamos em janeiro. Todas as músicas do meu próximo trabalho estão gravadas, e a próxima a ser lançada será um dueto com Maiara e Maraísa, chamada Lacradora.

O que você pode adiantar sobre a parceria com a Anitta?

É para o ano que vem, depois do Carnaval. Não sei exatamente em qual momento.

Entrevista feita pelo jornalista André Romano. 

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