Fernanda Torres estreia a ambiciosa Renata em Sob Pressão: “Se alia à corrupção profissional do sistema”

Publicado em 29/10/2018

Na próxima terça-feira (30), Fernanda Torres faz sua estreia na série médica Sob Pressão (Globo). A atriz será Renata, uma gestora do setor privado que, a partir de uma nomeação do governo, passa a administrar o Macedão. A mudança corta a relação de quase 20 anos de Samuel (Stepan Nercessian) como diretor do hospital público.

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Renata está entre as principais novidades da nova temporada da série e promete abalar o rumo da história. Além disso, a personagem marca o retorno de Fernanda Tores a trabalhos dramáticos na TV. Em entrevista, Fernanda descreve as características da futura gestora do Macedão. “Fizemos um arco para ela ser uma pessoa com ambições no mundo da saúde”, revela.

Sob Pressão é uma coprodução da Globo com a Conspiração Filmes. A direção artística de Andrucha Waddington e direção de Andrucha e Mini Kerti. Já a supervisão de texto fica por conta de Jorge Furtado. A redação final é de Lucas Paraizo, que escreve os episódios com Antonio Prata, Marcio Alemão e André Sirangelo.

Confira a entrevista com Fernanda Torres:

Sob Pressão foi uma série muito premiada já na primeira temporada, tanto no mercado internacional, quanto no nacional. Como é para você entrar neste projeto?

Eu já era fã de Sob Pressão, uma série que atingiu um nível de realismo na televisão raro de encontrar. No meio do ano passado, Andrucha (Waddington) e Lucas (Paraizo) me falaram da importância de dar vida à corrupção nesta temporada e me convidaram pra fazer esse papel. Eu achei maravilhoso. Há muito tempo eu não fazia um trabalho dramático na TV e, mais do que isso, muito realista.

A Renata é uma mulher muito ambiciosa. Como foi a entrada dela na trama e como você a define?

Quando eu cheguei às primeiras leituras, havia a dúvida se ela era vilã ou não. Foi um trabalho interessante. Fizemos um arco para ela ser uma pessoa com ambições no mundo da saúde, que tem uma vida muito bem-sucedida como gestora de hospitais privados, e é chamada para resolver a situação desse hospital – o Macedão. Só que a Secretaria de Saúde não tem dinheiro para pagar seu salário. É quando ela aceita entrar ‘no esquema’ para igualar o que ela ganhava no setor privado. Renata é uma pessoa que vai sendo enredada porque é ambiciosa e começa achando que não é tão grave. E uma hora fica gravíssimo.

“Ela aceita entrar ‘no esquema’ para igualar o que ela ganhava no setor privado”

A corrupção já existia de fato no hospital. Como você vê a diferença de gestão entre Samuel e Renata?

Eu acho que a Renata é mais profissional do que o Samuel. Ela é uma gestora moderna que se alia à corrupção profissional do sistema, dos fornecedores de equipamentos e do mercado da saúde. Samuel acaba sendo um gestor do improviso. Se está faltando um tomógrafo, ele vai lá e arruma o tomógrafo. E, entre um improviso e outro, ele também acaba tendo que pagar aquele extra a quem está envolvido. A diferença é que Renata recebe uma porcentagem em cima de tudo que negocia, enquanto Samuel chega a pagar a mais para resolver os problemas do jeito dele.

Como vai ser a relação dela com o Evandro (Julio Andrade)?

No início, ele acredita que a Renata é apenas uma burocrata, que não entende o que é o dia a dia daquele lugar. Mas ela entende de gestão. Começa a aparelhar o hospital e inaugura um novo CTI, por exemplo. Tem uma hora em que ele começa a acreditar na função dela, que acaba o envolvendo no esquema sem ele saber.

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