O Observatório da Televisão segue com o seu Tour Observatório em Brasília. Continuando nossa série de entrevistas na RecordTV Brasília, filial da Record na capital do Brasil, agora conversa com Fred Linhares, apresentador do Balanço Geral DF diariamente, das 12h às 15h.
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Fred é um apresentador nascido e criado em Brasília. É filho do lendário radialista Silvio Linhares, de onde manteve a linhagem de comunicação no rádio. Mas na TV, Fred surgiu em 2012, como o primeiro apresentador e um dos criadores do DF Alerta, programa policial da TV Brasília/RedeTV!.
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Em seu primeiro ano, Fred fez algo impossível: ganhar da Globo, chegando a picos acima dos 20 pontos. Virou um fenômeno popular, mas demorou a receber uma proposta da Record.
Ele assumiu o BG DF apenas após a polêmica com o apresentador Marcão do Povo, hoje no SBT – em janeiro de 2017, ele chamou a cantora Ludmilla de macaca e foi dispensado do programa e do canal. Mas Fred não liga pra isso e agora apenas curte a sua boa fase à frente da atração.
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“Eu aceitei porque precisava me desafiar. Eu sempre quis vir apresentar o Balanço Geral, porque é um formato que era sucesso no Brasil todo e aqui em Brasília. Eu fiquei muito feliz quando vim para cá, foi a realização de um sonho”, confessou o apresentador.
Leia a entrevista na íntegra:
Observatório – Fred, você vem de um programa só de polícia e está aqui faz um ano no Balanço Geral DF. É um grande desafio, né?
Fred Linhares – Exatamente, era um programa só de polícia (DF Alerta, na TV Brasília/RedeTV!), era um programa de uma hora. Agora eu fico três horas no ar, diariamente, direto. E hoje eu faço tudo, segurança pública que eu já fazia antes, mas de utilidade pública, de saúde, de comunidade. Já estou aqui faz 14 meses e a experiência é sempre nova.
Observatório – Fred, eu queria que você falasse sobre sua mudança para cá, porque foi num período bem turbulento. Como foi aquele momento e o que te fez vir pra cá?
Fred Linhares – Eu já sonhava com o Balanço Geral, a verdade é essa. Justamente por conta do Balanço Geral é que eu fui para a TV. Eu apresento um jornal no rádio faz muito tempo, e quando meu pai era vivo, também fazia. Quando ele morreu, assumi o programa dele. E eu pensei: quero fazer TV. Na Record não tinha oportunidade, busquei outros caminhos, e consegui fazer o meu programa que fala de polícia no rádio na TV. Mas sempre mirando o Balanço Geral. Então esperava muito de coração. Foi uma surpresa grande, porque quando o Marcão entrou, eu já tinha conversado com a Record. Não deu certo naquele momento, talvez fosse pra ser numa nova oportunidade. Mas aí aconteceu aquele caso com o Marcão (no quadro Hora da Venenosa, Marcão chamou a cantora Ludmilla de “pobre e macaca”, o que lhe fez ser demitido da emissora), e foi mais rápido do que eu imaginava.
Observatório – E como é fazer um programa de três horas? É muito difícil…
Fred Linhares – Cara, ele é tão dinâmico, que tem horas que eu olho o relógio e noto: “caramba, tá acabando, gente”. Depois você se acostuma, é na paz, o tempo passa bem rápido (risos)
Observatório – Eu queria que você falasse um pouco do lado de humor que o seu programa tem, investe muito isso…
Fred Linhares – Pois é, nós temos aqui esse velho, que é o Velho Xibumgo. Esse velho já participava comigo no rádio. A gente dava uma notícia de polícia, mas a gente colocava brincadeiras, e eu pensei: “Por que não trazer para o Balanço Geral?”. Tive essa ideia e a criançada gosta muito nas redes sociais. E trouxe isso, para não ficar tão maçante.
Observatório – Contando seu tempo no rádio, você passa cinco horas por dia ao vivo comunicando. Como você consegue? (risos)
Fred Linhares – Eu faço com muto amor, cara. De verdade. Amo o que eu faço. Eu acordo todo dia 4h20 da manhã para colocar o programa de rádio no ar. É uma cachaça, uma paixão. Como meu pai dizia: aquilo é um vício, tem que tomar cuidado (risos). Quando entrei na TV, eu pensei em parar com o rádio, mas não deu. É o que eu eu gosto de fazer demais.
Observatório – Você aprendeu muito com o seu pai, o Silvio Linhares, né?
Fred Linhares – Foi meu grande professor, meu grande mestre. Eu aprendi mais com ele do que nos meus quatro anos de faculdade. Tudo que aprendi por ele, não foi 10% dos meus tempos de faculdade.