Em série do Sony, personagem de Rainer Cadete vive romance com outro homem: “Promove o amor”

Publicado em 06/09/2018

Longe da TV desde o fim de Êta Mundo Bom, trama das 18h levada ao ar em 2016, Rainer Cadete está em dose dupla na TV. Pelo Sony é um dos destaque da série Desencontros e no Mais Você é um dos participantes do reality SuperChef.

Romance

Em Desencontros, disponível no Crackle e no NOW, Reiner dá vida a Felipe, engenheiro que se relaciona com o músico Rafael (Gil Coelho). Bem-sucedido, o profissional passa por altos e baixos na relação por conta do preconceito que permeia o romance.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, Cadete fala sobre a série, que mostra uma relação entre dois rapazes como outra qualquer, mas que por conta das inseguranças da vida enfrenta a resistência de seu par.

Reiner Cdete e Gil Coelho formam um casal em Desencontros FotoDivulgaçãoSony

Formas de amar

“Existem bilhões de pessoas e formas de amar. É uma série que promove o amor”, afirmou o ator que na série protagoniza um beijo com o colega Gil Coelho, destaque na novela Jesus da Record.

Sobre o ato, Rainer declara que é só mais uma forma de amar entre duas pessoas: “Foi só mais um beijo”. Cadete também está em cartaz com a peça O Louco e a Camisa ao lado de Rosi Campos no Teatro Renaissance em São Paulo.

Cinema

Confira entrevista com o ator que integra o elenco de Polícia Federal – A Lei é Para Todos onde interpreta Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da Operação Lava Jato, e também a sequência da série Carcereiros da Globo para os cinemas.

Como está sendo essa experiência no reality do Mais Você?

Tenho aprendido muito coisa. Fazia comida pra mim, pro meu filho, mas nada muito rebuscado. Agora todo mundo quer provar meus quitutes.

Desencontros

Como se preparou para interpretar o Felipe na série Desencontros?

Fiz ele do zero. Teve um fator que ajudou muito: o diretor [Rodrigo Bernardo]. A contribuição dele foi muito boa. Eu fiz a Oficina de Atores da Globo com o Gil Coelho. Foi um coroamento. Somos muito amigos, trabalhar com ele foi muito especial.

View this post on Instagram

Hoje, 21hs no #canalsony em toda América Latina.

A post shared by rainercadete (@rainercadete) on

Beijo

Foi a primeira vez que você beijou um ator em sua carreira?

Foi só mais um beijo. É um personagem que está beijando outro personagem.

Talvez por ser um engenheiro, o personagem não sofra algum tipo de preconceito, pois está bem estabelecido, foge dos estereótipos…

Ele sofre preconceito. A falta de coragem do Rafael [Gil Coelho] em não assumir esse relacionamento. O preconceito vem do próprio companheiro dele.

A série pode de alguma forma contribuir para que o público reflita sobre o tema?

Ela só conta histórias de amor. É muito bacana neste momento em que estamos vivendo. Isso eleva nosso estado humano. É uma série que promove o amor.

Como foi o retorno do público?

Encaram como uma linda história de amor verdadeira. O amor vai para além dessas questões de sexualidade e gênero. Existem quantas pessoas no mundo?

Bilhões…

Existem bilhões de pessoas e formas de amar. O amor é isso, a forma de amar é infinita. Com respeito tudo é valido. História de amor é história de amor.

Felipe foi um grande desafio?

Todos os meus personagens são um grande desafio. Eu sempre começo do zero. Gosto do trabalho de desconstrução para a construção. Eu me esforço, mudo corpo, voz, temos tudo dentro da gente. A vida é feita de vários pontos de vista, minha profissão é muito generosa.

Como foi interpretar um personagem que existe na vida real e que está presente na imprensa quase que diariamente? 

Essa coisa de herói fica lá no gibi. Só se o cara que subiu no prédio e salvou uma criança. Ninguém é nada, elas estão sendo. Acredito que contar essa história é poder levantar um debate saudável.

Ele é visto como um dos heróis da Lava Jato ao lado do Moro…

É função dele. Com vontade de acertar muito, mas ele pode errar porque ele é um ser humano. Assim com eu fazendo o meu trabalho. É só um filme.

O filme lhe proporcionou uma outra visão da Lava Jato?

Estudei bastante, fez muito sentido pra mim. Assisti todas as delações, prós e contras, foi muito edificante.

Como o texto argentino de O Louco e a Camisa casa com a realidade das famílias brasileiras? 

Talvez a hipocrisia seja a principal conversa. E a loucura da verdade sem filtro. Meu personagem ilumina os outros. Discutimos várias coisas como a função da mulher na família brasileira, do cuidado em relação à loucura, uma vez que essa pessoa não tem voz. Ele traz à tona a verdade. Gosto de levantar bandeiras.

São verdades secretas?

Sim, verdades que as pessoas não querem encarar, discutir. Querem esconder debaixo do tapete.

Por exemplo?

Machismo, envelhecer na sociedade, pessoas que querem subir na vida a qualquer preço.

Como tem sido o retorno do público? 

As pessoas vão mandando mensagens nas redes sociais durante a semana, temos aplausos demorados.

Serviço:
O Louco e a Camisa – Teatro Renaissance, SP
Rosi Campos, Rainer Cadete, Ricardo Dantas, Priscilla Squeff e Dudu Pelizzari
Direção: Elias Andreato. Autor: Nélson Valente
Sexta e sábado às 21h30 | Domingo às 18h
Ingressos: Sexta e domingo R$ 80 | Sábado R$ 100
Duração: 70 minutos Classificação: 12 anos Gênero: Drama

Assuntos relacionados:

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade