Eliane Giardini interpreta mãe sensual e dominadora em Dois Irmãos: “Prato cheio pra quem gosta de coisas fortes”

Publicado em 07/01/2017

Eliane Giardini interpreta uma personagem intensa na série Dois Irmãos, exibida pela Globo a partir de segunda-feira (09). Ela será Zana, imigrante libanesa que vive no Brasil, esposa de Halim (Bruno Anacleto/ Antonio Calloni/ Antonio Fagundes, em suas três fases) e mãe dos gêmeos Omar e Yaqub (Lorenzo e Enrico Rocha/ Matheus Abreu/ Cauã Reymond), que nutrem uma profunda rivalidade um pelo outro.

A atriz divide o papel com Gabriella Mustafá e Juliana Paes, que interpretam a matriarca em idade mais jovem, e avalia: “A minha fase é bem difícil mesmo, mais pesada”.

“Acho que as pessoas vão gostar muito. É um prato cheio pra quem gosta de drama, de coisas fortes, de muita música boa, de grandes interpretações”, acrescenta.

Confira o bate-papo com Eliane Giardini:

Zana é uma mulher dominadora e forte. Isso faz parte do seu perfil?
Eu tenho um temperamento forte que naturalmente me encaminha para esse tipo de personagem. Todos os trabalhos são empréstimos do ator para o personagem.

Você tem um olhar que se destaca. Usou isso a seu favor para interpretar Zana?
Obrigada! Acho que sim.

Zana tem uma energia sexual forte e a história dá a entender que há uma relação incestuosa entre Zana e o filho Omar. Você fará cenas de nudez? Sente-se confortável?
Não há esse viés explícito nessa relação de mãe e filho . Não farei cenas de nudez. A sensualidade de Zana com o marido terá mais foco na segunda fase, quando feita por Juliana Paes.

É difícil se desvencilhar de uma personagem tão intensa depois que acaba a gravação?
Eu não levo personagem pra casa, mas alguns chegam tão fundo na gente que em algum nível acabam ficando pra sempre. Passo no Projac (Estúdios Globo) e fico lembrando da casa da gente na série, que talvez nem exista mais. Todas essas coisas ficaram muito fortes. É como se você tivesse uma lembrança de um parente muito próximo, alguma coisa assim.

Como é criar um personagem tão cheio de nuances? Você não se sente perdida?
A gente tem um suporte muito grande, ninguém está sozinho. Temos o Luiz Fernando Carvalho (diretor) do nosso lado, fazendo junto, e eu trabalho muito bem com isso. Não me desconcentra. Ele fica mandando comandos o tempo todo. Eu adoro trabalhar com ele, tenho uma afinidade muito grande. É uma rede de proteção enorme.

Você teve que decorar textos em árabe, por conta da personagem ter origem libanesa?
Sim. Decorar coisas em outra língua ajuda muito na construção do personagem. Eu decorei algumas orações e algumas canções. Falar coisas em outra língua ajuda muito porque de fato você acessa outro tipo de cultura. É um mistério bem interessante. Gostei muito. Sei falar até hoje a Ave-Maria completa e algumas músicas de ninar. Minha personagem chegou aos cinco anos no Brasil e imaginei que ela deveria ter um pai que rezasse junto com ela, que cantasse algumas canções com ela… Então achei importante ter aprendido a falar.

O que você acha desse catálogo de séries que a Globo lançou de um ano pra cá, mais ou menos? Você, como atriz, sente muita diferença em participar de séries?
É excelente. Sou uma atriz que gosta das duas coisas. Alternei fazer a novela Êta Mundo Bom! e a série Dois Irmãos. Gosto disso. São coisas tão diferentes, são abordagens diferentes. Novela tem outro tipo de desafio. Tem um personagem que você não sabe pra onde vai nem onde termina. É o oposto da minissérie, que você tem um personagem inteiro na mão que pode ser desenhado. Mas eu gosto dessa coisa de novela, de sair fazendo pra ver no que dá. A dificuldade da minissérie é maior, mas também é um trabalho mais curto, então é uma medida bem administrável.

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