“Ele desperta amores e ódios”, diz diretor do DF Alerta sobre atração policial sucesso em Brasília

Publicado em 08/06/2018

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Comandante do DF Alerta desde sua criação, em 2012, Patrício Macedo é o diretor do DF Alerta, hoje o principal produto da casa, chegando a vice-liderança nos números num horário onde Record e SBT tem muita força.

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O programa ganhou um plus a mais no ano passado, quando Nikole Lima começou a comandar a atração policial. Sendo uma mulher ocupando um espaço que normalmente é dos homens.

Patrício conta histórias do início da atração, que chegou a atingir o primeiro lugar na audiência com menos de um ano no ar, além de avaliar o atual momento. “Sabemos da nossa responsabilidade social com o público, com as minorias. E reforçamos isso diariamente”, afirma o diretor.

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Além disso, ele destaca o tempo que a atração ficou em primeiro lugar. “Foram mais de 96 minutos na ponta contra o Jornal Hoje, da Globo. É algo que nos orgulha muito até hoje”, comenta o diretor.

Leia a entrevista na íntegra:

Observatório – Patrício, eu gostaria que você contasse a história do DF Alerta, que já tem mais de sete anos no ar, certo?

Patrício Macedo – Exatamente. O DF Alerta nasceu e surgiu faz sete anos. Ele é do signo de escorpião, e como todo escorpiano, ele desperta amores e ódios. Ele tem uma história muito bacana no jornalismo local. Ele é um programa essencialmente policial, apesar de não nos restringirmos apenas a ele. Queríamos mesclar irreverência, humor, mas trazendo furos diários. Abordar o crime no Distrito Federal e no entorno de forma mais aprofundada. Nós somos um programa que tem muito expertise. O Rodrigo Lemes foi um dos primeiros virais do Brasil em jornalismo. Quando ele veio para cá, ele trouxe esse peso. O Wagner Relâmpago foi policial, tem mais de 30 anos no jornalismo policial. Temos também os meninos da rádio que participavam do antigo programa de Silvio Linhares, que era uma figura icônica do jornalismo policial aqui no DF. Esse programa se iniciou com Fred Linhares, o filho dele. E começamos esse programa contando a experiência com todos esses nomes.

Observatório – E deu muito certo muito rápido, não é isso mesmo?

Patrício Macedo – Exatamente. Nós conseguimos o feito de, em apenas sete meses, chegar em primeiro lugar, ficando 91 minutos à frente da Globo. Isso pra gente não tem preço.

Observatório – Aqui no DF, o Ibope nesse horário é bem concorrido. Você tem o próprio Fred Linhares na Record, a Neila Medeiros no SBT, o DFTV na Globo. É bem concorrido mesmo.

Patrício Macedo – Exatamente, e principalmente porque temos uma mudança da audiência total na hora do almoço. Os números que conseguíamos a sete anos, hoje são bem difíceis para acontecer qualquer emissora. Hoje temos a sorte de concorrer com ótimos profissionais. O próprio trabalho do Fred Linhares é bem bacana, ele foi nosso primeiro apresentador. Por causa do talento e da força do nosso projeto, ele recebeu um convite para apresentar algo tão importante quanto o Balanço Geral, que faz história na produção local. Nós respeitando muito o trabalho da Neila, e já tivemos vontade de trazer a Neila trabalhar conosco. Mas quando o Fred saiu, preferimos fazer um reagendamento interno mesmo com a Nikole Lima, que é uma repórter experimentada, consagrada na madrugada. Ela conseguiu o espaço dela, e conseguiu bem seu espaço.

Observatório – Sobre dirigir um programa policial tão agudo quanto o DF Alerta, quais são as dificuldades e as coisas boas?

Patrício Macedo – É um programa muito de fronteira. Vivemos sempre um fronteiriço, entre o que é jornalismo e o que o bom gosto e o entretenimento. A gente lida com a realidade mais bizarra, a realidade perversa. É uma realidade que dialoga muito com o bizarro. A gente tem que fazer um exercício de humanidade. É um aprendizado diário. O DF Alerta é um programa vivo, é um programa pulsante, ele é sintonizado com o mundo contemporâneo. A gente está sempre acordo, e é um programa desperto. E para comandar um programa desse gênero, você precisa estar desperto também.

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