“É muito emocionante”, garante Robson Nunes sobre Espelho da Vida, sua primeira novela

Publicado em 26/09/2018

Bola (Robson Nunes) é o nome do braço direito do protagonista Alain (João Vicente de Castro) em Espelho da Vida. Na nova novela das 18h da Globo, o rapaz é assistente de direção, que trabalha no filme produzido pelo amigo. Robson Nunes, intérprete do personagem conversou com o Observatório da Televisão, e falou sobre o personagem.

Ele, que fez parte da primeira temporada de Malhação Múltipla Escolha contou, como foi feito o convite para participar do folhetim de Elizabeth Jhin, e seu reencontro em cena com Kéfera, além de explicar o motivo por ter ficado longe da dramaturgia diária. Confira:

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Conta para a gente sobre a novela?

“A novela é muito bonita. Eu fiquei muito feliz com o convite e sei que é muito clichê o que eu vou falar, mas foi um presente. Quando o Pedro Vasconcelos me ligou, ele tinha visto o meu trabalho em outro lugar. A Elizabeth Jhin também. Depois que a gente acertou tudo, surgiu a sinopse e adorei a história, que é muito emocionante. O meu personagem é um cara que de certa maneira pertence a um universo que eu conheço muito bem. Ele é um assistente de direção do cinema, eu fiz cinema a minha vida inteira e estava próximo daquele universo. Ele é um grande amigo do Alain (João Vicente de Castro). Para minha sorte, eu e o João já tínhamos trabalhado juntos em uma série e improvisávamos muito, então já tínhamos essa afinidade cênica e na vida pessoal também”.

Robson Nunes comenta detalhes sobre seu personagem em Espelho da Vida

Como vai ser a história do seu personagem?

“O meu personagem é assistente de direção e eles vão produzir um filme em Rosa Branca, uma cidade mineira fictícia. O assistente de direção é o elo entre o diretor e a equipe. Ele entende a sensibilidade do diretor, entende as limitações de uma locação, do custo das coisas de cada departamento, porque às vezes o diretor quer fazer alguma coisa, mas vai precisar de um tempo para outras coisas. Ele é muito bem-humorado, um cara de bem com a vida. Ele tem essa energia o tempo todo. Na hora de falar sério, ele fala sério, mas ele tem esse lugar de fazer piada, de brincar. Ele tem uma relação muito próxima com o Alain, então talvez ele seja um dos únicos que tenha com ele essa liberdade de chegar e falar umas verdades, de fazer umas piadas com ele”.

O público vai ver praticamente duas histórias, certo?

“Na verdade, vocês verão três histórias, porque tem a novela, tem o filme e a vida real. São três coisas acontecendo ao mesmo tempo ali, mas é tranquilo de entender, e você acaba embarcando nas três histórias”.

Essa novela fala de dois tempos. 1932 e o atual. Você curte esse tipo de assunto, essas viagens espirituais?

“Eu curto assistir, curto ler e morro de medo, mas eu adoro o tema. Inclusive eu contei para a minha família e todo mundo já despertou uma curiosidade enorme, porque todo mundo conhece alguém com alguma história parecida ou conhece alguém que viveu algo parecido. Essa sensação de você chegar em algum lugar e acreditar já ter ido ali em algum momento ou achar que conhece alguém de algum lugar e estar vendo pela primeira vez. Eu estou bem feliz de estar fazendo parte de tudo isso”.

Problemas

Você vem numa crescente em seus papéis e acreditamos que esse vai ser mais marcante. Você passou por muitos problemas para chegar até aqui?

“Eu acho que quando você escolhe ser ator, você já sabe dos perrengues. Hoje a gente vive um momento único, eu falo dos negros em modo geral no Brasil. Se fala muito nas redes sociais, então a gente começou a mexer em feridas que pareciam estar cicatrizadas, mas não, elas incomodam. Existe um racismo velado no Brasil desde sempre e hoje se fala muito nisso, as pessoas inclusive começaram a perceber que falar algumas coisas era considerado ofensa e começaram a ter uma consciência.

Ser ator, negro e da periferia é complicado. Eu falava que não queria ser duro, eu sabia que eu queria ser ator, mas me formei no Senai em Mecânica Geral, fiz Eletrônica no colegial técnico. Eu acho que tive sorte também, por começar a viver da minha arte muito cedo. O meu primeiro trabalho na verdade foi aos 14 anos e até hoje vivo de arte, não tenho o que reclamar. Por incrível que pareça, é a primeira novela que eu estou fazendo”.

Você fez teste ou foi convidado?

“Eu fui convidado. Eu fiz umas outras coisas pontuais na Globo. Fiz um especial do Tim Maia, fiz um especial da Denise Fraga também. Tinha uma questão também, como eu fiquei um tempo contratado da Disney e depois da SKY, acabava que quando vinha um convite e até mesmo um teste, a primeira coisa que perguntavam era se eu estava contratado, e aí não rolava”.

Relações do personagem

O seu personagem vai ter algum caso amoroso?

“Acho que o Bola vai pegar geral, ele é apaixonado pela personagem da Kéfera, a Mariane, que eu já peguei muito na vida real… mentira (risos). É engraçado que o filme que o Pedro viu e me chamou, é um filme que eu fiz com a Kéfera, que é o Gosto Se Discute. E também dublei com ela o Operação Big Hero, da Disney. Foi muito engraçado porque, pô, ela já era a Kéfera lá da internet e aí quando eu a conheci, ela veio, me abraçou e falou: ‘Aí moço, eu era muito sua fã no Zapping Zone’”.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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