Daniela Fontan comemora retorno de sua personagem em O Outro Lado do Paraíso: “Não esperava esse sucesso”

Publicado em 02/02/2018

Daniela Fontan, que a princípio, faria uma participação O Outro Lado do Paraíso, no papel de Janete, empregada da temida Fabiana, personagem de Fernanda Rodrigues, volta ao folhetim de Walcyr Carrasco, para ajudar Clara (Bianca Bin) em suas aventuras, que não são poucas. Feliz com esse retorno à trama, Daniela conversou com nossa reportagem e revelou detalhes de seu regresso. Confira o papo:

Como surgiu a arte em sua vida?

“Começou bem cedo. Toda forma de arte. Eu desenho, pinto, canto, escrevo desde pequena. Artista meio que nasce artista, né? É talvez um jeito de ver a vida. Mas, teatro eu comecei na escola. E nunca parei.”

Você me parece ser aquela pessoa que faz varias limonadas com os limões que a vida lhe dá, né?

“Sim! Eu tento. Se a gente tem esse ditado como princípio, acaba tendo muito mais a agradecer do que pedir. Limão faz bem para a saúde!”

Como é representar o povo do Pará em um folhetim das 21h?

“Então, Eu, Daniela, sou do Pará. Embora tenha saído de lá com meses de vida, amo e tenho orgulho demais! Mas não sei se a Janete é do Pará. Acho que ela deve ter vindo do Nordeste, mas é feito aquelas pessoas que estão tanto tempo no Rio, que ficam com sotaque misturado, porque já vivem há muitos anos em outro estado.”

Sua participação em O Outro Lado do Paraíso, foi elogiadíssima. Tanto é, que você voltou para a trama. Esperava esse sucesso?

“Não esperava esse sucesso. Mas torcia muito. Eu fiquei extremamente lisonjeada com o convite para voltar para a trama.”

Tem muita Janete espalhada por aí, né?

“Tem muitas sim. Eu encontro o brilho no olho da Janete em muitas pessoas que eu conheço ou que simplesmente observo. Pego a Janete emprestada com muita gente. Gente brasileira, que é a gente mais feliz do mundo!”

Como foi a composição da personagem?

“Está sendo. A gente vai tecendo meio em conjunto, com os colegas, com a direção, de acordo com a história que está sendo escrita. Chegar no meio da trama é assim, a gente tem que estar aberta para observar e então propor. É uma troca.”

Além de tudo, você teve o cuidado para não cair na caricatura da empregada fofoqueira, né?

“Eu me preocupo em interpretar pessoas. Empregada é o que ela faz e não o que ela é. Isso já me salva da caricatura. Mas olha: já fiz muita empregada na carreira. Tem que dar uma rebolada para não só não cair em nenhum estereótipo, e nem repetir empregada, gente! E isso acaba sendo um belo exercício.”

Como está sendo a repercussão nas ruas?

“Grande e carinhosa. Desde a primeira aparição. As pessoas viram na Janete a discussão sobre a exploração trabalhista, o assédio moral e outras questões. E ouvir essa resposta nas ruas, para mim como atriz, é algo gratificante. Mas como cidadã, saber que isso é tão recorrente, é triste.”

O que tira você do sério?

“Injustiça, mentira, machismo. Falta de empatia, gente preconceituosa e reacionária. Eu vivo brigando com esse tipo de gente.”

O que o público fala para você nas ruas?

“O que eu mais ouço é: ‘A Clara tem que te levar para Tocantins!’. E agora é: ‘Estou muito feliz que você voltou!’. É isso!”

Como foi gravar com a Fernanda Rodrigues?

“A Fernanda é muito legal! Foi rápido,né? Mas foi muito legal. Nosso núcleo teve pouco tempo para acontecer, então, a gente precisou estabelecer imediatamente uma conexão. Trabalhar com gente talentosa é sempre lindo!”

Como está sendo a troca com a Bianca Bin?

“A Bianca é uma atriz muito generosa. Acho que a volta da Janete tem muito dessa generosidade da Bianca, que topou a cumplicidade das duas, que me olhou e me olha dentro do olho o tempo todo, que quer absorver tudo, que entende de encontro. Acho que isso é talento junto com vocação, junto com a pessoa ser uma flor! Estou encantada com ela!”

Como está sendo participar de uma trama, que está cheia de grandes talentos de nossa dramaturgia?

“Está sendo que eu tenho que tomar passiflora, gente! Eu chego no trabalho e dou de cara com uma Gloria Pires. E, aí eu penso em tudo que ela representa de referência na minha carreira, na minha história como espectadora mesmo. Penso em tudo que eu já ri e chorei com ela. E aí, só se segurando mesmo, para não gritar: ‘Gloria, eu te amo, deixa eu ir morar na sua casa’. Eu vejo o roteiro e meu nome está na mesma folha da Fernanda Montenegro, da Zezé Mota, Laura Cardoso, Lima Duarte, Eliane Giardini, Ana Lúcia Torre. Eu me emociono e agradeço. É mais que uma honra. Muito mais.”

Sem querer, a Janete vai revelar o passado da Clara para o Renato. Nessa troca, veremos que o mocinho não é tão ‘fofo’ como parece. Como é pra você participar dessa virada da trama?

“Já é a segunda virada, né? Ah, eu fico tensa em fazer tudo bem feito. Porque virada de personagem é uma coisa que todo mundo assiste.”

O que podemos esperar da Janete nos próximos capítulos?

“Janete vai ser um respiro. Vai levar um pouquinho de irreverência para a casa da Clara e da Beth, que já sofreram muito nessa trama, precisam ser cuidadas e paparicadas um pouquinho.”

Qual o país que você sonha para a nova geração?

“Um país onde a democracia seja respeitada. E onde se governe para o povo, e não para as elites.”

Deixe um recado para os nossos leitores …

“Eu desejo para quem passar o olho por aqui, uma chuva de sorrisos. Que é para a vida olhar e sorrir de volta!”

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