Completando 27 anos de carreira, André Dias relata felicidade com personagem em Segundo Sol: “O Groa é um presente do João Emanuel”

Publicado em 17/05/2018

Em Segundo Sol, André Dias é o islandês Groa, gringo que vem para o Brasil na esperança de encontrar seu pai. Após ter gravado cenas na Bahia ao lado de Giovanna Antonelli, ele conta que os dois se tornaram grandes amigos, inclusive que ambos tem se comunicado bastante por redes sociais. André que esteve na novela Novo Mundo, revelou que adorou a preparação de um mês em Salvador e Arraial, e passou a admirar a forma como os baianos valorizam sua própria cultura. Confira o bate papo completo:

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A sua primeira novela foi Novo Mundo. A atuação é algo novo para você?

“Não, eu comecei a trabalhar com o teatro aos 13 anos de idade, me profissionalizei aos 16 e estou completando 27 anos de carreira esse ano. Eu nunca tive uma outra profissão, o teatro sempre me abraçou. Atuar é uma paixão que eu tenho, hoje em dia eu nem concebo estar vivo se não for acordar, ir ensaiar, ir trabalhar, decorar o texto, criar um novo personagem, criar uma nova perspectiva de vida para mim mesmo e tocar a vida das pessoas, isso é o que eu amo fazer. Então hoje em dia eu não concebo a minha vida sem o teatro, sem a TV e sem o cinema.”

E a Bahia, o que representa esse cenário baiano para você?

“Uma paixão. Eu não conhecia muito bem a Bahia. Já havia ido a Salvador há 18 anos e agora tive a oportunidade de conhecer Arraial. Fiquei quinze dias lá e quinze dias em Salvador. Passei um mês me impregnando com a cultura baiana, me impregnando com o clima, com o sotaque, com a cultura que eles mesmos produzem e eles mesmos consomem. Uma coisa muito bacana que eu percebi na Bahia é como o povo valoriza a própria cultura. É um exemplo para o Brasil inteiro.”

Como é o seu personagem?

“O Groa é um personagem muito bacana, é um presente do João Emanuel, do Fábio Mendes e de toda a equipe que escreve a novela. É um Islandês, um gringo que está acostumado com o frio, com as relações frias, com o gelo, com aurora boreal e chega na Bahia, chega perto do sol, e se deslumbra. Ele se apaixona pela Bahia, se apaixona pelo Brasil e principalmente pelo calor das relações humanas que os brasileiros têm. É um homem que não tem apego nenhum à matéria, aos ganhos materiais, é uma pessoa simples, de alma quase hippie e com uma espiritualidade muito grande. Ele vê na humildade, na ingenuidade da Luzia, que é a personagem da Giovanna Antonelli, uma grande luz e eles viram amigos irmãos, ele é quase como um guru para ela. Ele salva a Luzia das adversidades que ela passa na primeira fase da novela, ele arquiteta um plano de fuga para ela. Ele volta com ela para tentar provar a inocência dela, para tentar resgatar a relação com os filhos e para tentar ter uma segunda chance de ser feliz aqui no Brasil.”

O legal é que ela vai para a Islândia e retorna como DJ, não é?

“Isso. O meu personagem também é muito ligado à música, então eles cantam juntos num bar que ele tem na Bahia, na beira da praia e no momento em que eles conseguem fugir para a Islândia, ele a transforma numa artista multimídia, numa DJ de música eletrônica muito conceituada. Ambos refazem a vida e ela volta para o Brasil anos depois, com uma outra identidade, no intuito de ter uma segunda chance, de salvar suas relações e provar sua inocência.”

Vocês estavam gravando num sitio na Bahia. E o cenário foi reproduzido no Rio?Onde ela fica?

“Esse cenário que a gente gravou na Bahia fica perto de Trancoso, e esse cenário foi recriado pela equipe de arte da Rede Globo, numa casa no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Então nós temos dois cenários, um que foi montado na Bahia e outro aqui.”

E a Islândia?

“A Islândia é aqui. Para a Islândia a gente a princípio não vai.”

E como é a parceria com a Giovanna?

“Eu digo que a Giovanna é o primeiro sol. Conhecer ela para mim foi um divisor de águas, ela é tudo aquilo que a gente vê na televisão, nas propagandas. Tudo aquilo que a gente vê na Giovanna ela é, aquela autenticidade, é uma mulher que tem uma força, uma luz, uma energia que não acaba nunca. A gente se adotou, eu sou o melhor amigo dela atualmente, a gente manda mensagem de Whatsapp para ver como o outro está, o que vai gravar, a gente está se falando o tempo inteiro, é um sonho trabalhar com ela e poder chama-la de amiga.”

Tem uma história sobre o seu personagem que ele pode reencontrar a família lá em Salvador…

“Não, a família não. A história dele é a seguinte: Ele é adotado pelo pai Didico (João Acaiabe) que é um pai de santo. Ele é adotado no Brasil porque tem uma relação muito ruim com os pais e a partir dessa relação, ele pode herdar o terreiro e se tornar um grande babalorixá da Bahia.”

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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