Camila Queiroz rebate crítica sobre falta de química com Mateus Solano em Pega Pega

Publicado em 30/06/2017

Camila Queiroz dá vida à Luiza, na novela Pega Pega. A atriz, que recebeu com surpresa o pedido de casamento do também ator Klebber Toledo, conversou com o Observatório da Televisão para contar sobre as mudanças da personagem, e como se sente com a responsabilidade de ter vivenciado personagens marcantes na telinha. Confira:

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Como está sendo fazer esta personagem?

A gente está trabalhando muito, e estamos muito apaixonados pela novela. O elenco está muito unido e isso é muito importante para o trabalho ficar bom. Percebemos essa sintonia na tela, e trabalhamos até mais felizes.

E tem o sotaque também não é?

O sotaque é mais uma coisinha que está ali fazendo presença. Eu adoro a Luiza, porque em pouco tempo de novela aconteceu muita coisa na vida dela de forma muito brusca. Vamos entrar numa nova fase que ela vira quase uma mulher maravilha porque ela descobre uma força que nunca precisou explorar, e agora ela vai se auto-conhecer, e refletir nas próximas cenas que estamos gravando. O que vai ser importante pra mim, por representar a força da mulher.

Esse amor da Luiza e do Eric ficará mais forte?

Esse amor vai ser mais explicado para o público, que ficou em dúvida sobre o porque eles se apaixonaram tão rápido. No primeiro momento, o foco da novela não era o amor entre os dois e sim o roubo, e agora poderemos contar a história do casal e como tudo isso aconteceu, e porque eles resolvem ficar juntos acima de qualquer coisa.

Você já se apaixonou à primeira vista?

Não, nunca. Eu sou mais pé atrás, desconfio do mundo.

Você demora a se entregar?

Claro.

Com o Klebber Toledo, o que te cativou?

Depois que eu me deixei olhar para ele, eu comecei a ver as qualidades dele que antes eu não conseguia ver. Eu acho que a gente só enxerga quando tem vontade de enxergar.

Você falou de uma fase mulher maravilha da Luiza. Em que momento da sua vida, você se sente uma mulher maravilha?

Boa pergunta. Acho que temos que ser mulher maravilha todo dia, ao sair de casa, trabalhar, principalmente as donas de casa que cuidam dos filhos, do marido, e da casa. Minha mãe foi muito tempo uma dessas que mesmo trabalhando fora, cuidava da casa, de 3 filhas, então acho que a maioria das mulheres já são. A Luiza está descobrindo agora porque ela nunca tinha precisado ser, tinha uma rotina de luxo, carro, faculdade garantida, e quando essas dificuldades vêm, ela precisa se virar. Nesse momento, ela conhece o poder que a mulher tem, ela percebe que ela pode fazer todas as coisas sem nenhum homem para mandar nela.

Você se sente privilegiada por ser tão jovem e ter feito tão bons trabalhos?

Claro. Acho que quem trabalha  e consegue pagar as contas com o país do jeito que está, já se sente privilegiado, o que já é um milagre dentro dessa crise que estamos vivendo.

Trazendo essa questão do mimo e perda da estabilidade financeira, você tem uma carreira curta mas com papéis de muito destaque. Passa pela sua cabeça que daqui a um tempo você pode não fazer papéis tão relevantes?

Nunca me passou isso na cabeça, nem mesmo de só querer fazer papéis grandes, até porque a Mafalda de Êta Mundo Bom não era, e me foi avisado isso. O diretor disse: “Camila, você vai gravar menos”, e para mim estava ótimo, depois a personagem cresceu e comecei a ter uma ritmo de gravação mais pesado. Se amanhã vier um personagem menor, não terá o menor problema desde que ele conte uma história.

As pessoas estão criticando química entre você e o Mateus Solano. Como você recebe a crítica?

Eu acho que não é falta de química. Faltou oportunidade das pessoas olharem pra gente como um casal. Primeiro temos que contar a história do roubo e a história do casal vai acontecendo junto com isso.

Você deixou seus pais no interior de São Paulo e veio pra cá sozinha. Como se resolveu em relação a morar sozinha e fazer suas próprias coisas?

A Luiza está vivendo isso e que bom que ela está vivendo isso, pois ela tem uma vida inteira pela frente. Eu tive que viver isso aos 14 anos, quando fui para o Japão sozinha, e eu me achava muito madura para tudo o que eu estava vivendo, talvez devido a minha criação. Em casa nunca tivemos mimos, minha mãe nos criou para o mundo, o que nos ajudou bastante.

Foi difícil ir para o Japão e ficar longe da família e dos amigos?

Meu maior problema foi estar longe de casa e da família. Passei por 15 países, e quando voltei foi muito bom. Hoje estou com 24 anos numa outra profissão e uma bagagem enorme de trabalho que faculdade nenhuma na vida me daria, então não me arrependo de ter trocado a adolescência pelo mundo.

Os looks da Luiza mudaram um pouco, mas ela continua elegante.

A única coisa que ela perdeu foram as grandes jóias, o resto continuou com ela. Ela ficou pobre, mas tem o mesmo guarda-roupa. Acho que ela tem um choque de realidade, de simplicidade. Ela vai aprendendo o que vestir e onde vestir, e quando ela vai para a empresa ela vai mais elegante, já para procurar emprego na Tijuca, ela vai mais simples.

Tem alguma roupa dela que você usaria?

Todas. Ela está me inspirando muito para a vida. O que mais causou foi o vestido da festa que todo mundo queria. As calças que eu achava que não ficavam boas em mim, agora aprendi a usar também.

*Entrevista realizada pelo jornalista André Romano.

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